Aos 38 anos, Gerard Piqué encerrou sua trajetória como jogador profissional, dedicando-se agora a empreendimentos empresariais e à gestão de negócios, inclusive fora do esporte. Em entrevista a Iker Casillas, ex-companheiro na seleção espanhola, ele abordou a possibilidade de assumir a presidência do Barcelona.
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Formado nas categorias de base do Barcelona, Piqué consolidou-se como um dos zagueiros mais vitoriosos da história do clube, atuando por 14 temporadas no time principal.
Sua relação com a instituição permanece forte, manifestando-se em opiniões sobre gestão financeira. Apesar das dificuldades econômicas, o time segue competitivo em torneios de elite, cenário que o ex-atleta classifica como insustentável a longo prazo, embora aprovado pelos sócios.
Críticas à gestão financeira
Durante o diálogo, Piqué destacou a crise econômica evidente do clube: “O momento em que o clube se encontra é de uma crise econômica evidente. De fora, dá a impressão de que o sócio prioriza que a bola entre antes que o Barça deva milhões de euros. Entendo que o futebol é emocional, mas em casos como o do Barcelona, em que o sócio é o dono do clube, tem que haver algo mais”, afirmou.
O ex-jogador criticou a postura de hipotecar patrimônio sem preocupação com consequências: “Parece que o fato de ter hipotecado tudo não é importante”.
Além disso, mencionou o tabu em torno da transformação do clube em sociedade anônima esportiva. “Essa é a grande questão, porque dado o que vimos, o sentimento é que enquanto a instituição for salva e não for à falência, ou um dia tiver que se tornar uma sociedade anônima esportiva, que é um assunto tabu, então eles estão satisfeitos, disse.
O desafio da presidência
Questionado por Casillas sobre assumir o cargo máximo, Piqué respondeu com senso de dever: “Ser presidente do Barcelona é muito mais um sacrifício do que ser uma coisa positiva, e isso é óbvio. Se um dia o clube realmente precisar, a responsabilidade que tenho é estar lá porque o Barça me deu tudo, absolutamente tudo”.
Embora demonstre disposição para ajudar, o ex-zagueiro não minimizou os desafios. A complexidade financeira e a pressão por resultados imediatos tornam o papel desgastante, exigindo, segundo ele, decisões além de soluções paliativas.