Bruno Cortez é um exemplo claro de como o futebol pode transformar a vida de uma pessoa. Da garra nos primeiros passos, conciliando trabalho como fiscal de kombis com os treinos, ao ápice de sua carreira como lateral-esquerdo do Grêmio e campeão da Libertadores, Cortez é agora um novo nome na formação de atletas. Aos 37 anos, ele assumiu o comando da equipe Sub-15 do Ceará, dando início a uma nova etapa em sua trajetória.
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A ascensão de Cortez: de Kombis ao Campeonato da Libertadores
A história de Cortez é inspiradora, não apenas para os fãs do Grêmio, mas para qualquer amante do futebol. “Eu trabalhava nas kombis de noite como despachante, que era o fiscal. No outro dia, de manhã, que eu ia pro treino. A minha força de vontade, de querer vencer, era maior que o meu cansaço”, revelou o ex-lateral, refletindo sobre as dificuldades do início de sua carreira.
Vale destacar que, apesar dos desafios, a determinação do jogador o levou a mais de 220 jogos com a camisa do Grêmio, além de conquistar títulos importantes como o tetracampeonato gaúcho e a Libertadores de 2017. Além disso, Cortez não teve medo de lutar contra as adversidades que surgiram pelo caminho. Como muitos jovens jogadores, ele teve que superar o preconceito de alguns e enfrentar os desafios financeiros.
Ele usava a bicicleta “furtada” de um senhor para se deslocar aos treinamentos, sem saber o quão longe poderia chegar. “Eu quero isso no meu time, que eles tenham uma identidade. Não do Cortez, mas deles!” disse o treinador, deixando claro que seu foco agora é formar jogadores com personalidade e estilo próprio.
A nova fase no Ceará
Com a mesma determinação que o levou ao sucesso como atleta, Cortez agora se prepara para dar seu melhor como técnico. Quando recebeu o convite para comandar o Sub-15 do Ceará, ele não pensou duas vezes. “Eu tenho a obrigação de ajudar esses jovens a não desistirem, a continuarem acreditando nos seus sonhos”, afirmou o técnico, mostrando sua visão clara de como deve ser o trabalho na base. Isso porque, para Cortez, os desafios são uma oportunidade de crescimento e aprendizado, tanto para ele quanto para seus atletas.
Sendo assim, a mudança para a carreira de treinador não representa apenas uma nova função, mas uma continuação do legado construído ao longo dos anos. “Eu falo para os jovens: aqui é meu prato de comida. A minha família depende disso. O Cortez, como jogador, passou. Vai ficar guardado na história. Eu quero escrever uma nova história como treinador”, afirmou o carioca, deixando claro que sua missão é mais do que ensinar futebol, mas também incutir nos jovens valores que o ajudaram a se tornar o que é hoje.
A filosofia de jogo de Cortez
Cortez já deixou claro que sua filosofia de jogo no Ceará será pautada na busca pela posse de bola e no desenvolvimento de um time com identidade própria. “O Cortez lateral e o Cortez treinador gostam de ter a bola. Eu gosto de propor o jogo, eu não gosto de me esconder do jogo”, disse o novo comandante, revelando que quer ver seus jogadores com a mesma garra e atitude que ele sempre demonstrou.
Com isso, o treinador enfatiza a importância do trabalho coletivo, cobrando dos seus atletas uma postura de dedicação tanto na defesa quanto no ataque. Dessa maneira, Cortez não apenas busca repetir o sucesso que teve como jogador, mas se dedica a formar novos talentos para o futebol brasileiro. Com sua experiência e dedicação, ele tem tudo para deixar sua marca também fora das quatro linhas.
