O volante Matheus Henrique se manifestou sobre as ameaças recebidas por seus companheiros de equipe no Cruzeiro, destacando que o episódio ultrapassa os limites do futebol. Marlon, Matheus Pereira e William foram alvo de intimidações, com bonecos representando os jogadores sendo pendurados decapitados em um viaduto em Belo Horizonte. A situação gerou grande repercussão e levou o clube a acionar as forças de segurança para investigação.
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Matheus Henrique condenou veementemente o ocorrido e defendeu que a insatisfação dos torcedores deve se restringir ao ambiente esportivo, como nos estádios e treinamentos. “Quando parte para um ponto como esse, vai além do futebol. O torcedor, quem quiser vaiar, tem o estádio, o treinamento às vezes é aberto, mas quando parte para violência não fica legal, porque isso a gente não deseja a ninguém”, afirmou o jogador.
O meio-campista também revelou que conversou com os colegas que foram alvo das ameaças e relatou o impacto emocional da situação. “Nos falamos, sim, porque querendo ou não incomoda um pouco ver aquilo. Fora as ameaças que alguns deles receberam. Mas agora já passou, o Pedrinho nos falou que tomou as providências, acionou a polícia”, declarou Matheus Henrique, referindo-se a Pedro Lourenço, dirigente do clube.
O Cruzeiro, por meio de suas redes sociais, também se pronunciou sobre o caso, repudiando qualquer tipo de violência contra seus atletas e reforçando que a segurança do elenco é uma prioridade. No comunicado, o clube destacou a importância de um ambiente seguro para o desenvolvimento esportivo, independentemente de cobranças e críticas.
Os três jogadores ameaçados têm sido criticados pela torcida devido ao desempenho no Campeonato Mineiro. Marlon e William foram vaiados após o empate contra o Betim, enquanto Matheus Pereira foi alvo de cobranças na partida contra o Atlético-MG. Apesar da pressão, Matheus Henrique demonstrou confiança na capacidade dos colegas de superar o momento difícil. “Estamos unidos, e eu tenho certeza que esses mesmos jogadores vão dar a volta por cima e mostrar que merecem estar no Cruzeiro”, finalizou.
O episódio reforça a discussão sobre os limites da paixão pelo futebol e os riscos que atitudes extremas podem representar para atletas e suas famílias. O clube segue acompanhando as investigações e tomando medidas para garantir a segurança do elenco.