Milly Lacombe reprova atitude da diretoria do São Paulo

Bandeira do São Paulo no Morumbis em 2024 (Foto: Reprodução/São Paulo)

A polêmica envolvendo Palmeiras e São Paulo em relação às datas e locais das semifinais do Campeonato Paulista de 2025 ganhou mais um capítulo. 

A jornalista Milly Lacombe, durante sua participação no programa De Primeira, não hesitou em criticar a postura do Tricolor, que, segundo ela, se colocou como vítima ao se recusar a comparecer ao conselho técnico da Federação Paulista de Futebol (FPF). Para Lacombe, essa atitude foi, no mínimo, equivocada.

São Paulo faz papel de vítima, segundo Lacombe

Para Milly Lacombe, a decisão do São Paulo de não comparecer à reunião da FPF foi uma escolha estratégica que resultou na criação de uma narrativa de vítima. “Se você não vai na reunião, você pode continuar no papel de vítima. Se você vai, você pode dizer que lutou até o final e não conseguiu, mas estava reivindicando. Isso eu concordo”, afirmou Lacombe, destacando que a postura do Tricolor foi imprudente e prejudicial para sua imagem.

Lacombe também foi enfática ao dizer que o São Paulo não deve ser considerado vítima, mas sim o responsável por querer se colocar nesse papel. “O São Paulo não é vítima, mas quer ser. Não tem vítima”, disparou. Dessa maneira, a jornalista reprovou a atitude da diretoria, que, segundo ela, contribuiu para a criação de um drama desnecessário.

Luta pelos direitos

Apesar da crítica, Lacombe reconheceu que tanto o São Paulo quanto o Palmeiras estão apenas buscando o melhor para seus respectivos clubes, como qualquer equipe faria em uma situação semelhante. 

“Tá todo mundo lutando pelo seu direito. O Palmeiras, sabendo que vai haver um show, quis mudar para domingo ou segunda. O São Paulo quer jogar”, afirmou. Para Lacombe, no entanto, o comportamento de vitimização do Tricolor foi um erro, pois não houve vilão ou injustiça envolvida.

A falha do São Paulo em lidar com os fatos

Milly Lacombe também abordou a necessidade do São Paulo em adotar uma postura mais prática e madura nas negociações e disputas. 

“Está todo mundo brigando pelo que é melhor para seu clube”, disse, explicando que não há espaço para fazer da situação uma questão emocional. A jornalista foi clara ao afirmar que o São Paulo deveria ter participado da reunião e defendido seus direitos de forma mais firme e responsável, sem recorrer ao discurso de vítima.

Com isso, o São Paulo segue sua preparação para o clássico contra o Palmeiras, mas com uma imagem de clube que, em vez de lutar pelas suas causas de forma construtiva, preferiu assumir um papel de “coitadinho” diante da situação. Para Lacombe, essa postura é contraproducente e só enfraquece a narrativa do clube nas disputas importantes que virão.