O atacante Luighi, do Palmeiras, foi vítima de um ato racista durante a partida contra o Cerro Porteño, pela Libertadores Sub-20, disputada no Paraguai. Durante o jogo, um torcedor da equipe paraguaia imitou um macaco em direção ao jogador, que se emocionou e deixou o campo chorando. Após o confronto, vencido pelo Palmeiras por 3 a 0, Luighi desabafou em entrevista, demonstrando revolta pela situação e cobrando providências das autoridades do futebol.
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Na zona mista, o atacante questionou a falta de perguntas sobre o ocorrido e manifestou sua indignação. “É sério isso? Vocês não vão me perguntar sobre o ato de racismo que ocorreu hoje comigo? É sério? Até quando vamos passar por isso?”, declarou. Ele também cobrou uma postura firme da Conmebol e da CBF diante do episódio, ressaltando que “o que fizeram comigo é crime”.
Diante da repercussão, a Conmebol publicou uma nota oficial nas redes sociais condenando o ato e afirmando que irá adotar “medidas disciplinares” para evitar que situações como essa voltem a acontecer. “A Conmebol rejeita categoricamente todo ato de racismo ou discriminação de qualquer tipo. Medidas disciplinares apropriadas serão implementadas, e outras ações estão sendo avaliadas em consulta com especialistas da área”, declarou a entidade, nas redes sociais.
O Palmeiras também se posicionou de forma contundente e garantiu que irá buscar justiça até as últimas instâncias para garantir a punição dos responsáveis. Além disso, clubes rivais, como Corinthians e São Paulo, se solidarizaram com Luighi e manifestaram apoio por meio de mensagens em suas redes sociais. “Acima de qualquer rivalidade, esta luta é contra o racismo”, destacou um comunicado do Corinthians.
Jogadores do elenco profissional do Palmeiras também demonstraram apoio ao jovem. Atletas como Weverton e Marcos Rocha compartilharam a nota oficial do clube e enviaram mensagens de solidariedade ao companheiro de equipe.
Durante a transmissão do jogo, a comentarista Jordana Araújo, do sportv, emocionou-se ao falar sobre o caso e ressaltou a necessidade de medidas efetivas para combater o racismo no futebol. “Não adianta fazer placas, anúncios, tem que fazer valer as ideias. Como se faz isso? Com atitudes”, afirmou.
O episódio reforça a urgência de um combate mais incisivo ao racismo no futebol sul-americano, com punições efetivas e conscientização dentro e fora de campo.