O meio-campista Rodrigo Garro, do Corinthians, enfrenta um problema físico preocupante às vésperas de um compromisso decisivo pela Libertadores. O jogador argentino sofre de tendinopatia patelar no joelho direito, uma lesão por sobrecarga que pode comprometer sua participação na partida contra o Barcelona de Guayaquil. A condição é resultado de microtraumas repetitivos que afetam a estrutura do tendão, dificultando sua regeneração.
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A Dra. Ana Paula Simões, especialista em ortopedia e ex-médica da Seleção Brasileira de Futebol Feminino, explicou que a lesão de Garro é de caráter degenerativo e pode piorar caso o atleta continue jogando sem estar totalmente recuperado. “É uma lesão muito comum no futebol devido às mudanças bruscas de direção em campo. Com o tempo, as fibras do tendão vão se degenerando até que, em um determinado momento, o esforço pode levar ao rompimento”, destacou a especialista.

O tratamento recomendado envolve o controle da carga de treinos, além de exercícios específicos para fortalecimento do tendão. Fisioterapia intensiva, com sessões diárias, é essencial para reduzir as dores e evitar complicações futuras. Ainda assim, a especialista alerta que a recuperação total é incerta. “Se o atleta continuar jogando sem o devido controle da carga, a lesão pode evoluir para uma fissura, uma rotura parcial e, em casos mais graves, uma rotura total, que exigiria cirurgia”, explicou a médica.
A participação de Garro na decisão contra o Barcelona de Guayaquil segue como uma incógnita. O Corinthians precisa reverter um placar adverso de 3 a 0 para avançar na competição, tornando cada peça do elenco fundamental. No entanto, a presença do jogador em campo pode representar um risco para sua condição física a longo prazo.
Sobre o tempo de recuperação, a Dra. Ana Paula afirma que não há um prazo definitivo. “Tudo depende do nível da lesão, do comprometimento do jogador com o tratamento e de fatores individuais como genética, sono e alimentação. O tempo pode variar entre 6 a 8 semanas, podendo se estender para até seis meses, dependendo do caso”, concluiu.
Diante desse cenário, o Corinthians terá que avaliar com cautela se vale a pena utilizar o meio-campista no jogo decisivo ou preservar sua condição física para a sequência da temporada. A lesão de Garro reforça a importância do planejamento adequado para evitar problemas crônicos que possam comprometer sua carreira a longo prazo.