O presidente do Flamengo, Luiz Eduardo Baptista, conhecido como Bap, afirmou que os clubes brasileiros poderão assumir a organização do Campeonato Brasileiro a partir de 2027. Segundo ele, uma eventual transição já para 2026 seria precipitada e exigiria um planejamento mais robusto para garantir uma estrutura sólida para a competição.
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Bap destacou que a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) atualmente administra o torneio, mas que existe um movimento crescente entre os clubes para que eles próprios passem a gerir a competição. “Não basta decidir que vamos organizar o Brasileirão. Se fizermos isso de maneira apressada, o resultado pode ser um torneio mais desorganizado do que o atual”, afirmou o dirigente.
A declaração foi feita após uma reunião do Conselho Técnico da CBF, na qual os clubes discutiram, entre outros pontos, a venda de direitos comerciais do futebol brasileiro. Antes desse encontro, os clubes já haviam promovido uma reunião para alinhar seus interesses e definir estratégias em conjunto. Para Bap, esse tipo de organização prévia é fundamental para fortalecer a posição dos clubes diante da CBF.
Outro ponto abordado pelo presidente do Flamengo foi a tentativa da CBF de ter participação nos contratos comerciais dos clubes. Segundo ele, esse entendimento não é correto, uma vez que os direitos de arrecadação pertencem exclusivamente às equipes. “A lei é clara: o direito é dos clubes. O Flamengo já vendeu esses direitos e entende que a CBF não tem qualquer justificativa para reivindicar uma fatia desses valores”, declarou.
Bap também citou o avanço nas negociações entre os grupos Libra e Liga Forte Futebol, que recentemente reduziram suas divergências e conseguiram alcançar consensos importantes. Isso permitiu a definição dos membros do Conselho Nacional de Clubes, um passo considerado essencial para a futura organização independente do Brasileirão.
Para reforçar a necessidade de cautela na transição, Bap utilizou uma metáfora curiosa: “Nove mulheres não fazem um bebê em um mês”. Com isso, quis destacar que o processo de mudança exige tempo e planejamento adequado. Segundo ele, a partir de agora, com as bases sendo estruturadas, 2027 se torna um ano viável para que os clubes assumam o controle da competição de forma organizada e eficiente.
