O Corinthians segue revelando talentos, mas a saída precoce de algumas promessas gera debates internos. Um dos casos mais recentes é o de Denner, jovem meia de 17 anos, vendido ao Chelsea sem sequer estrear pelo profissional. O técnico do Sub-20, Orlando Ribeiro, abriu o jogo sobre o tema e ainda analisou a integração entre base e time principal.
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Saídas precoces geram preocupação
Denner brilhou na última Copa São Paulo de Futebol Júnior e despertou o interesse do futebol europeu. A negociação com o Chelsea foi concretizada por 10 milhões de euros fixos, além de 4 milhões de euros em metas. No entanto, Orlando Ribeiro lamentou que promessas como ele deixem o Brasil tão cedo.
“Infelizmente os meninos estão indo mais cedo para fora. Confesso que eu não sei como, mas seria bom com o Denner jogar mais três anos pelo Corinthians, dois, três anos antes de sair. Mas a gente sabe que é difícil”, comentou o treinador ao podcast Poropopod, da Corinthians TV.
Isso porque a permanência de jovens talentos no futebol brasileiro permitiria que torcedores os acompanhassem mais tempo antes de uma transferência para a Europa. Além disso, os clubes poderiam colher frutos esportivos antes de vender as joias da base.
Integração entre base e profissional ganha força
O Corinthians tem investido na aproximação entre as categorias de base e o time principal. Segundo Orlando, a pandemia acelerou essa tendência no futebol brasileiro, porque muitos clubes passaram a depender mais de suas promessas.
“A integração já faz tempo que acontece. Eu acredito que a pandemia acelerou essa integração porque alguns clubes ficaram com dificuldades financeiras. Então começaram a olhar mais para a base”, explicou.
Dessa maneira, o clube estruturou um trabalho que facilita a transição dos garotos. Vale destacar que jogadores que se destacam no Sub-20 já treinam com os profissionais para se adaptarem ao ritmo mais intenso.
Mentalidade faz a diferença para jovens atletas
O treinador do Sub-20 ressaltou que os garotos precisam ter personalidade ao ganhar oportunidades. Segundo ele, a confiança e a postura dentro de campo são fundamentais para conquistar espaço.
“Os meninos sabem que se eles tiverem uma oportunidade, pode ser um minuto, dois minutos, ele não pode errar. Como é que ele não pode errar? Ele não pode sentir o erro, não pode acusar o erro”, explicou.
Portanto, a mentalidade dos jovens jogadores também se torna um fator crucial na transição para o profissional. Com isso, cabe ressaltar que o Corinthians segue apostando na base, mas precisa lidar com a concorrência do mercado europeu para manter suas joias no Brasil por mais tempo.
