Brasileirão pode sofrer duas grandes mudanças

Troféu do Brasileirão (Foto: Lucas Figueiredo/ CBF)

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e o Conselho Nacional de Clubes (CNC) estão discutindo uma possível mudança no regulamento do Campeonato Brasileiro, que pode reduzir de quatro para três o número de clubes rebaixados da Série A para a Série B. Caso aprovada, a alteração entraria em vigor apenas a partir de 2027.

O principal argumento dos defensores da proposta é que o atual formato rebaixa 20% das equipes, o que gera impactos financeiros e estruturais consideráveis. A nova regra, segundo seus apoiadores, traria mais estabilidade aos clubes e reduziria oscilações bruscas entre divisões. No entanto, a mudança afetaria também as demais divisões do futebol nacional, pois apenas três clubes subiriam da Série B, o que teria efeito cascata sobre as Séries C e D.

Outro ponto debatido no Conselho Técnico foi a limitação no número de jogadores estrangeiros por partida. Atualmente, os clubes podem ter até nove atletas estrangeiros relacionados para os jogos, mas a proposta visa reduzir esse limite para seis. A mudança também seria implementada em 2027, respeitando contratos vigentes e permitindo adaptação gradual.

O técnico da Seleção Brasileira, Dorival Júnior, é um dos que defendem a redução, argumentando que a medida abriria mais espaço para jogadores formados no país. Por outro lado, alguns dirigentes se preocupam com a possibilidade de perda de qualidade técnica nas equipes e o impacto nas negociações de jogadores do mercado sul-americano.

Entre os dirigentes, Marcelo Teixeira, presidente do Santos, destacou que o alto número de rebaixados prejudica clubes que disputam competições internacionais, pois o desgaste do calendário pode comprometer o desempenho no Brasileirão. A revisão da regra poderia minimizar esse impacto e garantir uma competição mais equilibrada.

As discussões continuarão ao longo do ano, com reuniões mensais do CNC na sede da CBF. Representantes dos clubes da Série B também participarão dos debates para avaliar os impactos das mudanças. A decisão final ainda dependerá da aprovação dos dirigentes e da viabilidade das alterações propostas.