A possível implementação de uma nova regra no futebol francês tem gerado polêmica e pode impactar diretamente o Lyon. Apelidada de “regra anti-Textor”, a proposta busca impedir o empréstimo gratuito de jogadores entre clubes pertencentes ao mesmo proprietário. A medida surge após a transferência de Thiago Almada, que passou pelo Botafogo antes de ser negociado com o Lyon, ambos sob o controle do empresário John Textor.
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O dirigente norte-americano não demorou a reagir e classificou a movimentação como um ataque pessoal. Segundo Textor, a proposta é uma retaliação por sua postura contrária aos subsídios financeiros do Catar ao Paris Saint-Germain (PSG). “Nós vemos isso como um ataque a mim e ao Lyon, porque somos os críticos mais declarados dos subsídios ilegais do Catar”, afirmou.

A relação conturbada entre Textor e Nasser Al-Khelaifi, presidente do PSG, tem se intensificado nos últimos meses. O proprietário do clube parisiense foi flagrado em uma reunião dirigindo críticas diretas a Textor, chamando-o de “caubói” e sugerindo que ele desconhece a realidade do futebol francês. O embate se estende para questões como direitos de transmissão e negociações de jogadores.
A proposta da nova regra conta com apoio de diversos clubes da Ligue 1, incluindo Nice, Toulouse, Reims e Brest, que questionam a legalidade da transferência de Almada. A Direção Nacional de Controle e Gestão (DNCG) já havia impedido o Lyon de contratar novos jogadores na última janela de transferências, além de impor exigências para que o clube regularize sua situação financeira e evite um possível rebaixamento ao fim da temporada.
Enquanto isso, Almada já se tornou peça fundamental no elenco do Lyon e sua permanência não será afetada pela eventual aprovação da nova regra. No entanto, a restrição pode inviabilizar negociações futuras dentro do grupo de clubes controlado por Textor, o que reforça a tensão entre o dirigente e a Ligue 1.
A polêmica segue ganhando repercussão e evidencia a influência de Al-Khelaifi no futebol francês. Textor, por sua vez, continua a se posicionar contra o modelo de gestão vigente, acusando a liga de ser excessivamente controlada pelo PSG. A possível implementação da “regra anti-Textor” pode representar um novo capítulo na disputa de bastidores do futebol europeu.