O Santos realizou uma importante ação social ao doar mais de 100 uniformes completos para crianças refugiadas na República Democrática do Congo. A iniciativa ocorreu em parceria com a ONG Fraternidade sem Fronteiras, que presta assistência a refugiados no continente africano. Além dos uniformes destinados aos jovens, professores da escolinha de futebol também foram contemplados, totalizando mais de 300 peças distribuídas, incluindo camisas, shorts e meias.
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A doação faz parte de um projeto maior do clube, que também pretende realizar avaliações com os jovens atletas da escolinha. Aqueles que se destacarem poderão ter a oportunidade de integrar as categorias de base do Santos. O presidente do clube, Marcelo Teixeira, destacou a importância da iniciativa: “O continente africano ocupa uma parte importante da nossa história, da qual temos muito orgulho. Por isso, além de ajudarmos um projeto fundamental na região, estamos resgatando uma memória muito rica do futebol”.
A camisa doada carrega um simbolismo especial, pois faz referência ao episódio de 1969, quando o Santos viajou à Nigéria para disputar uma partida amistosa. Na ocasião, a guerra civil que assolava o país foi interrompida para que as pessoas pudessem assistir ao jogo do time de Pelé. Esse momento histórico consolidou a imagem do clube como “o time que parou uma guerra”.
A ação no Congo teve início em 2024, quando a diretoria santista tomou conhecimento do trabalho da ONG e enviou um primeiro lote de 30 camisas para as crianças da escolinha. Diante do impacto positivo da iniciativa, o clube decidiu ampliar o projeto e enviar um número maior de uniformes.
Além dessa doação, o Santos estuda expandir suas ações para outros países do continente africano, como Moçambique e Botswana. A intenção é criar novas oportunidades para jovens refugiados, utilizando o futebol como ferramenta de inclusão social e desenvolvimento.
A República Democrática do Congo enfrenta conflitos há mais de três décadas devido à disputa pelo controle de seus recursos minerais. Em meio a essa instabilidade, iniciativas como essa se tornam ainda mais significativas. O voluntário da ONG Fraternidade sem Fronteiras, Evaldo José Palatinsky, enfatizou a emoção das crianças ao receberem os uniformes e incentivou outros clubes a seguirem o exemplo do Santos: “Há um potencial muito grande de parceria para elevarmos o nível do esporte, promovendo integração, apoio e suporte para crianças que dificilmente teriam essa oportunidade”.