A trajetória de Andrés D’Alessandro no Internacional é marcada por momentos de glória e desafios, mas a conquista da Libertadores de 2010 ocupa um lugar especial na história do clube e na carreira do argentino. Naquele ano, o meia foi peça fundamental na campanha que levou o Colorado ao seu segundo título continental, consolidando sua idolatria entre os torcedores.
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A épica conquista, inclusive, fez com que D’Alessandro fosse presenteado com uma mini taça da Libertadores antes do sorteio da fase de grupos desta edição. Ao ser homenageado, o argentino relembrou o título e celebrou.
“Vale, lembrança boa, hein? 2010, joguei muitas, mas ganhei uma, né? Gostaria de ter ganho mais, mas só com uma é muito difícil, o caminho é muito difícil. Abra o seu presente. Ganhou. Gostou? Que presente, hein? Obrigado. Obrigado, lembrança muito boa”.
Desde sua chegada ao Beira-Rio em 2008, D’Alessandro mostrou seu talento e personalidade forte. Contudo, o caminho até a consagração não foi linear. Em 2009, enfrentou dificuldades, incluindo a frustração da derrota na final da Copa do Brasil e um episódio de expulsão contra o Corinthians. Apesar das turbulências, permaneceu no clube e se tornou um dos principais líderes do elenco.
Na Libertadores de 2010, D’Alessandro desempenhou um papel crucial na campanha vitoriosa. O meia participou de 13 dos 14 jogos do torneio, sendo titular na maioria das partidas. Sua performance nas fases eliminatórias foi determinante, especialmente na semifinal contra o São Paulo. No jogo de ida, no Beira-Rio, o Inter venceu por 1 a 0, e na volta, no Morumbi, um dos momentos mais marcantes aconteceu. D’Ale cobrou uma falta que Alecsandro desviou para o gol, assegurando a classificação para a grande final.
Na decisão, contra o Chivas Guadalajara, o Internacional mostrou sua força. No primeiro jogo, no México, o Colorado venceu por 2 a 1, levando vantagem para o confronto decisivo no Beira-Rio. D’Alessandro foi um dos destaques na segunda partida, ditando o ritmo do time e participando da construção das jogadas ofensivas. Com gols de Rafael Sobis, Leandro Damião e Giuliano, o Inter venceu por 3 a 2 e ergueu a taça diante de sua torcida.
A conquista foi um marco na carreira do argentino, que, ao fim da temporada, foi eleito o melhor jogador da América do Sul. Além do título, D’Alessandro reforçou sua identificação com o clube e com Porto Alegre, tornando-se um dos maiores ídolos da história colorada. Sua liderança em campo e a entrega nos momentos decisivos fizeram dele uma referência dentro e fora das quatro linhas.
D’Alessandro seguiu no Internacional por muitos anos, acumulando títulos e momentos emblemáticos. No entanto, a Libertadores de 2010 permanece como a maior glória de sua trajetória, coroando uma relação de paixão e dedicação com o clube e sua torcida.