O presidente da Conmebol, Alejandro Domínguez, se revoltou com a possibilidade dos clubes brasileiros largarem a entidade e se filiarem à Concacaf. A ideia foi sugerida por Leila Pereira depois que Luighi, atacante do Palmeiras, foi mais um alvo de insultos racistas em competições sul-americanas.
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A Conmebol e o Palmeiras têm travado um duelo desde o infeliz episódio contra o atacante palmeirense, no dia 6 de março. Luighi foi alvo de insultos racistas durante o confronto com o Cerro Porteño, pela Copa Libertadores da América Sub-20. Após a repercussão, a entidade máxima do futebol sul-americano puniu a equipe paraguaia com 50 mil dólares de multa.
A decisão foi criticada por Leila Pereira, que considerou a punição branda demais. Diante da insatisfação com a quase conivência da Conmebol com o racismo, a presidente do Palmeiras fez a sugestão de migrar para a Concacaf.
“Já que a Conmebol não consegue coibir esse tipo de crime, não consegue tratar os brasileiros com o tamanho que os clubes representam à Conmebol, por que não pensar em nos filiarmos à Concacaf? Só assim vão respeitar o futebol brasileiro”, disse a mandatária à TNT Sports.
Essa declaração pegou Alejandro Domínguez de surpresa e o irritou. O dirigente chegou a ligar para vários cartolas do futebol brasileiro, como, por exemplo, o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ednaldo Rodrigues, e também para o presidente do Flamengo, Luiz Eduardo Baptista, o Bap, na tentativa de frear a situação.
As rusgas entre os clubes brasileiros e a entidade máxima do futebol sul-americano ganhou desdobramentos ainda maiores na segunda-feira (17/3), quando Alejandro respondeu um questionamento sobre a ausência de times do Brasil na Libertadores. Ele disse que seria como “Tarzan sem Cheeta”, uma fala considerada racista.
Posteriormente, ele postou um pedido de desculpas, tentando reparar as próprias declarações, reforçando que sempre prezou e respeitou a diversidade tanto na sociedade quanto no futebol.