O Flamengo se viu envolvido em uma polêmica após optar por não assinar o manifesto contra racismo elaborado pela Libra. O documento, que contou com a adesão de clubes como Atlético-MG, Bahia, Grêmio, Palmeiras e São Paulo, repudiava declarações do presidente da Conmebol, Alejandro Dominguez, consideradas racistas.
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A declaração de Dominguez que gerou revolta ocorreu ao ser questionado sobre uma eventual ausência de clubes brasileiros nas competições sul-americanas. O dirigente respondeu comparando a situação a “Tarzan sem a Chita”, o que foi amplamente criticado no meio esportivo.
Flamengo se pronuncia sobre o fato de não ter assinado o manifesto dos clubes da Libra contra a declaração de Alejandro Domínguez, presidente da Conmebol:
— Planeta do Futebol 🌎 (@futebol_info) March 20, 2025
"O Flamengo luta contra qualquer forma de racismo e discriminação há muito tempo e reafirma seu compromisso no combate… pic.twitter.com/mtrR56CGdb
Em nota oficial, o Flamengo explicou sua decisão de não assinar o manifesto, destacando que sua relação institucional com a Conmebol deve ser mediada pela CBF, entidade responsável por representar os clubes brasileiros nos torneios continentais. O clube ressaltou que o combate ao racismo é um compromisso que vai além de uma assinatura em documento.
O clube carioca frisou que possui um manual interno de combate ao racismo e que está finalizando ajustes jurídicos para incluir em seu estatuto uma cláusula antirracismo. Segundo a diretoria rubro-negra, tais ações estruturais têm um impacto mais significativo e duradouro na luta contra a discriminação no futebol e na sociedade.
A ausência da assinatura do Flamengo no manifesto gerou questionamentos entre torcedores e integrantes do meio esportivo. Enquanto alguns defenderam a posição do clube, argumentando que medidas concretas são mais eficazes do que manifestações públicas, outros criticaram a ausência do time em um movimento coletivo contra o racismo.
O episódio reforça a necessidade de uma discussão mais ampla sobre o combate ao racismo no futebol sul-americano, com a exigência de medidas mais rígidas e eficazes por parte das entidades que regem o esporte no continente.