A Seleção Brasileira somou três pontos diante da Colômbia, mas o saldo final foi negativo e preocupante. Ao menos essa é a visão do jornalista Venê Casagrande em análise na edição desta sexta-feira (21) do SBT Sports Rio. Apesar de reconhecer a crescente da seleção colombiana no futebol sul-americano, o comunicador se atenta ao “deserto de ideias” da Canarinho.
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“Para mim, o cenário é extremamente preocupante. Ainda mais se formos analisar o que vem pela frente ai. Concordo que tem que respeitar a Colômbia, que vem numa crescente muito grande, mas a Seleção é um deserto. Não tem nada. Não tem uma boa saída de bola, não se vê uma jogada ensaiada, nenhuma evolução coletiva, da equipe. Ou seja, algo que o Dorival Júnior tenha demonstrado neste período de um ano em que está à frente da Seleção”, iniciou Casagrande.
“A gente vê alternativas sendo trocadas o tempo todo, especialmente no setor ofensivo. Por exemplo, o centroavante, que a todo momento ele muda. Foi o João no jogo de ontem, já foi o Endrick, que só foi convocado porque jogadores foram cortados, também já foi o Igor Jesus. Ele vai testando a todo momento”, prosseguiu o jornalista em sua análise.
A declaração de Dorival Júnior
O cenário preocupante já se desenhava antes mesmo das inconsistências apresentadas no triunfo sobre a Colômbia na noite da última quinta-feira (20), por 2 a 1, pela 13ª rodada das Eliminatórias, no Mané Garrincha. Venê Casagrande usou uma declaração do técnico às vésperas do jogo para estampar o despreparo de Dorival Júnior à frente da comissão da CBF.
“Na entrevista coletiva antes do jogo, ele disse que estava montando a Seleção para o Neymar. Isso é errado. A gente não pode mais ficar dependendo do Neymar. Até porque ele não é mais aquele jogador que já foi e atualmente é uma incógnita, além de ter outros bons jogadores à disposição também. Ele precisa fazer um coletivo jogar. Se for para e analisar a Seleção, olha quantos bons jogadores nós temos”, completou.
Vitória sobre a Colômbia
Os primeiros minutos indicavam um Brasil dominante a partir da verticalização das ações com Bruno Guimarães e com louvável ritmo de velocidade na saída de bola, que fazia a Canarinho chegar facilmente à área de Vargas.
A vantagem antes dos 10 minutos, com pênalti convertido de Raphinha, interferiu diretamente na postura da equipe. Em contrapartida, a Colômbia acertou a marcação pressão no campo de ataque e passou a oferecer riscos constantes à Seleão, que já não conseguia cadenciar o jogo. A saída de Gerson, lesionado, só confirmou o que o campo já dizia: o empate colombiano era questão de tempo.
Com segundo tempo mais aberto e trocação franca entre as seleções, o Brasil voltou a apresentar um jogo associativos com lampejos de bons momentos. As mexidas de Dorival também contribuíram para evolução brasileira em campo. A reta final de pressão foi coroada com um bonito gol dos pés de Vini Jr., fazendo valer toda expectativa do poderio decisivo que apresenta no Real Madrid.
O triunfo levou o Brasil à vice-liderança das Eliminatórias da Copa do Mundo 2026, atrás da Argentina, adversária da próxima rodada. A Seleção soma 21 pontos, enquanto a Albiceleste anota 25 – com um jogo a menos. Vale ressaltar que a Canarinho ainda pode ser ultrapassada pelo Uruguai nesta sexta-feira (21).
