Flamengo vai atrás de acordos para receber caminhão de dinheiro esquecido

BAP, presidente do Flamengo (Foto: Reprodução)

O presidente do Flamengo, Luiz Eduardo Baptista, conhecido como Bap, revelou que o clube enfrenta uma inadimplência de R$ 56,2 milhões em dívidas não cobradas por gestões anteriores. A declaração foi feita em reunião com conselheiros, na qual o mandatário destacou que diversos clubes brasileiros e europeus possuem débitos com o Rubro-Negro.

Bap enfatizou que os valores devidos envolvem transações de jogadores e que, anteriormente, não haviam sido feitas cobranças formais. “Não deva ao Flamengo que a gente expõe seu nome. Temos que sanar esse tipo de atitude. Assim, não faço acordo nenhum nem dou desconto”, declarou o presidente.

Entre os casos mencionados, estão os jogadores Daniel Cabral, André Luiz, Igor Jesus, Thiago Maia, Werton e Gabriel Noga. Segundo Bap, algumas dessas negociações ocorreram sem garantias de pagamento, enquanto outras envolveram revendas sem o repasse adequado ao Flamengo. A situação gerou um prejuízo acumulado que o clube agora busca reverter.

Uma das cobranças mais significativas envolve o Internacional, que deve 4 milhões de euros ao Flamengo pela transferência de Thiago Maia. O clube carioca acionou a Câmara Nacional de Resolução de Disputas (CNRD) da CBF para exigir o pagamento. Recentemente, o Flamengo impediu que o Internacional revendesse o volante ao Santos, pois as garantias bancárias exigidas pelo Rubro-Negro não foram apresentadas.

Bap reforçou que a nova gestão tem como diretriz a cobrança ativa desses valores e que todos os casos de inadimplência estão sendo revisados. A diretoria também acionou a Fifa para pressionar clubes estrangeiros a quitarem débitos pendentes.

Com essa postura, o Flamengo busca recuperar os valores devidos e estabelecer um novo padrão de cobrança no futebol, garantindo que futuras transações sejam realizadas de maneira mais segura para o clube.

Além disso, o clube estuda implementar medidas preventivas para evitar que novas situações semelhantes ocorram no futuro. Entre as iniciativas em análise, está a exigência de garantias bancárias mais rigorosas em negociações e um controle financeiro mais eficiente sobre os pagamentos a receber.