Durante o programa “Domingol”, exibido pela CNN Brasil no domingo (23), o comentarista Benjamin Back abordou o modelo de clube-empresa no Brasil. Ele expressou sua opinião sobre a possibilidade de algumas das principais equipes do país adotarem o formato da Sociedade Anônima do Futebol (SAF), destacando que esse modelo não se encaixaria em quatro times tradicionais.
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Benja citou Corinthians, Flamengo, Palmeiras e São Paulo como clubes que não deveriam adotar a SAF. Para ele, essas equipes, quando bem administradas, possuem estrutura suficiente para se manterem competitivas sem a necessidade de mudança no formato de gestão. O comentarista mencionou que, apesar de a SAF ser uma tendência crescente no futebol brasileiro, esses times teriam mais prejuízos do que benefícios com a transformação.
O debate foi impulsionado após uma declaração de Ronaldo Fenômeno, que revelou estar aberto à possibilidade de assumir uma eventual SAF do Corinthians. No entanto, Benja discordou da ideia e argumentou que o clube alvinegro perderia sua essência caso deixasse de ser uma associação. Ele ainda comparou a situação com o Manchester United, que, segundo ele, perdeu relevância após ser adquirido por investidores.
A posição contrária à SAF também foi reforçada pela Gaviões da Fiel, principal torcida organizada do Corinthians. Em um comunicado oficial, a entidade defendeu que o clube necessita de uma gestão eficiente, e não de um dono. Segundo a torcida, a mudança para SAF iria contra a identidade do time, conhecido historicamente como “Time do Povo”.
Além disso, Benja criticou a atual situação administrativa do Corinthians, apontando para a dívida bilionária do clube, que ultrapassa R$ 2,4 bilhões. Ele ressaltou que a disputa política entre o presidente Augusto Melo e a oposição tem dificultado o progresso da equipe, que, na sua visão, enfrenta dificuldades para evoluir.
A discussão sobre a SAF segue dividindo opiniões no cenário esportivo brasileiro. Enquanto alguns clubes encontram na estrutura empresarial uma solução para problemas financeiros, outros enxergam o modelo como uma ameaça à tradição e identidade de suas instituições.