O Flamengo segue expandindo sua presença no universo digital e, com a reformulação da Flamengo TV, busca um modelo comercial de sucesso inspirado em iniciativas como a CazéTV e a Goat. O clube aposta no crescimento da plataforma para impulsionar suas receitas, tanto por meio de patrocínios quanto pelo aumento da valorização digital de sua marca.
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Segundo Ricardo Hinrichsen, vice-presidente de Marketing do Flamengo, o projeto não apenas visa gerar receita direta com publicidade e patrocínios, mas também ampliar a visibilidade e o valor dos acordos comerciais do clube. “Boa parte das entregas para os patrocinadores já é digital. Oferecendo um produto de alto nível, podemos aumentar o valor cobrado pelo patrocínio na camisa”, afirmou o dirigente.
A programação da Flamengo TV inclui conteúdos ao vivo e gravados, abrangendo transmissões de jogos, noticiários e programas especiais. Entre os destaques estão o “FlaPress”, apresentado por Daniela Boaventura, e o “Mengo Cast”, que terá o narrador João Guilherme e o influenciador Reikrauss. Também haverá transmissões de jogos do Campeonato Brasileiro para o exterior, um diferencial que pode ampliar a audiência e o potencial comercial da TV.
Outro ponto importante na estratégia do Flamengo é a busca por crescimento no YouTube. A Flamengo TV já possui cerca de sete milhões de inscritos e tem como meta chegar a dez milhões, consolidando-se como a maior TV de clubes do Brasil. Para isso, a direção aposta em um mix de conteúdo variado e interativo, visando aumentar o engajamento dos torcedores.
A gestão do canal, que anteriormente era terceirizada, agora será conduzida diretamente pelo clube. Isso permite maior controle sobre a linha editorial, os investimentos e as estratégias de expansão da plataforma. Além disso, o Flamengo planeja aprimorar sua infraestrutura de produção, contando com três estúdios localizados no Ninho do Urubu, no Maracanã e, futuramente, na Gávea.
Embora tenha planos ambiciosos para o streaming, a diretoria descarta, por ora, a migração para a TV aberta. Segundo Hinrichsen, a prioridade é consolidar a TV digital e maximizar seu potencial comercial antes de considerar novos formatos de distribuição. “Hoje, o foco é a TV digital, mas, no futuro, tudo é possível”, concluiu o dirigente.