Setorista do Palmeiras reconhece que o clube foi ajudado

Jogadores do Palmeiras reunidos durante partida da Copa do Brasil 2024 (Foto: Reprodução/Palmeiras)

A decisão da CBF de adiar a estreia entre Palmeiras e Botafogo no Campeonato Brasileiro de 2025 gerou bastante controvérsia. Originalmente marcada para sábado (29), a partida foi remarcada para domingo (30), às 16h, no Allianz Parque, atendendo a um pedido do Palmeiras e da Federação Paulista de Futebol. O objetivo da mudança foi ampliar o intervalo entre a final do Paulistão, marcada para quinta-feira (27), e o confronto do Verdão com o Botafogo.

Para o setorista Michel Camargo, especializado na cobertura do Palmeiras, a alteração da data foi um benefício claro para o time paulista, enquanto prejudicou o Botafogo. Isso porque, com o novo calendário, o clube carioca terá um curto intervalo de tempo para se recuperar antes de embarcar para o Chile, onde enfrentará a Universidad de Chile no dia 2 de abril, na estreia da fase de grupos da Libertadores.

Camargo acredita que a CBF deveria ter remarcado o jogo para uma outra data, talvez durante uma semana de data FIFA, para evitar sobrecarga no calendário, especialmente considerando que Palmeiras e Botafogo participarão do Mundial de Clubes.

Essa alteração no calendário complicou o planejamento do Botafogo, que terá apenas 48 horas de descanso entre o jogo no Allianz Parque e a viagem para Santiago.

O time carioca terá uma maratona de nove partidas em 28 dias, incluindo jogos no Campeonato Brasileiro, Libertadores e amistosos, o que exige um grande esforço logístico e físico da equipe. A pressão sobre o elenco alvinegro é alta, já que o curto intervalo entre os jogos pode afetar a preparação e o desempenho da equipe.

Enquanto o Palmeiras ganhará um tempo extra para se recuperar, o Botafogo, com sua agenda apertada, pode ser prejudicado em termos de rendimento e estratégias para os jogos subsequentes.

A mudança também levanta questionamentos sobre a isonomia na tomada de decisões da CBF, já que o time paulista recebeu uma atenção especial, enquanto o clube carioca, que também possui compromissos internacionais, não teve o mesmo tratamento. Essa situação tem gerado discussões sobre a equidade nas decisões da entidade máxima do futebol brasileiro.