Vídeo: publicação da Conmebol ganha repercussão

A nova comemoração de Vinicius Júnior ganhou destaque no perfil oficial da Conmebol em meio às polêmicas sobre o papel da entidade na luta antirracista. Voz ativa contra o racismo no futebol, o camisa 7 da Canarinho marcou o gol da vitória brasileira sobre a Colômbia na noite da última quinta-feira (20), por 2 a 1, no Mané Garrincha, em Brasília, pela 13ª rodada das Eliminatórias da Copa do Mundo.

“Ela chegou: a comemoração de Vini Jr. com a CBF (Seleção Brasília)”, dizia o perfil da entidade no TikTok. A publicação acumula 119,2 mil curtidas e quase mil comentários, além de 7.160 salvamentos.

@conmebol Ela chegou: a comemoração de Vini Jr. com a @CBF Seleção 🇧🇷👉 #EliminatoriasSudamericanas ♬ Skyfall Adele – 8D Music xD

O post ocorre em meio à forte manifestação do futebol brasileiro contra a postura da Conmebol aos recorrentes casos de racismo acerca de suas competições. Além das punições brandas, o manifesto de repúdio por parte da Libra, liga que reúne clubes das Séries A, B e C do Brasileirão, também foi motivado pela analogia racista do presidente Alejandro Domínguez, que se utilizou do termo “chita (macaca do filme Tarzan) para referir-se às equipes nacionais.

Luta contra o racismo

Nos últimos anos, o futebol brasileiro tem se mobilizado de maneira crescente em prol da luta contra o racismo, especialmente no contexto das competições organizadas pela Conmebol. Os protestos têm ganhado destaque, visando exigir ações efetivas para combater a recorrência de casos e garantir um ambiente mais seguro e respeitoso para todos os envolvidos.

Os protestos culminaram em uma nota unificada em que os clubes brasileiros expressaram seu descontentamento com a postura da Conmebol em relação ao racismo e pediram medidas mais rigorosas. Dentre as reivindicações, estavam a necessidade de punições mais severas para clubes e torcedores envolvidos em comportamentos racistas, além de um compromisso da confederação em educar e promover campanhas contra a discriminação racial.

Esse movimento encontra ressonância não apenas no futebol, mas na sociedade como um todo, refletindo um desejo mais amplo de combate ao racismo e à desigualdade. A expectativa é que, ao pressionar a Conmebol, os clubes possam contribuir para mudanças significativas em todo o panorama do futebol sul-americano.

Ausência do Flamengo

Recentemente, a luta contra o racismo no futebol brasileiro ganhou novos contornos quando alguns clubes se uniram para enviar uma nota à Conmebol, solicitando mais rigor nas punições para casos de racismo ocorridos em competições organizadas pela entidade. No entanto, um dos principais clubes, o Flamengo, optou por não assinar essa nota unificada. O Rubro-Negro, aliás, foi o único time da Libra que não o fez.

A ausência do Flamengo, um dos clubes mais populares e influentes do Brasil, gerou um debate significativo sobre a importância da unidade entre os clubes na luta contra a discriminação racial. A decisão de não se juntar a essa mobilização provocou reações mistas entre torcedores e comentaristas, com muitos expressando preocupação sobre a mensagem que isso poderia enviar em relação ao compromisso do clube na luta antirracista.

O Flamengo que, aliás, revelou Vinicius Júnior.

Nota Oficial

“O Flamengo luta contra qualquer forma de racismo e discriminação há muito tempo e reafirma seu compromisso no combate estrutural ao racismo no futebol e na sociedade. No entanto, entendemos que as relações institucionais com a Conmebol devam ser conduzidas pela CBF, entidade que representa oficialmente os clubes brasileiros nos torneios sul-americanos.

No Flamengo, o combate ao racismo vai muito além do discurso. Além do manual interno de Combate ao Racismo, finalizamos os ajustes jurídicos para incluir em nosso estatuto uma cláusula antirracismo. O Flamengo tem plena consciência de sua enorme responsabilidade social e busca, todos os dias, ações estruturais que tragam impacto positivo real para o futebol e para a sociedade”.