No aniversário de 117 anos do Atlético, comemorado na terça-feira (25 de março), o atacante Hulk prestou uma homenagem marcante ao clube. Em um depoimento publicado no site The Players’ Tribune, o camisa 7 relembrou sua trajetória de vida e destacou a importância do Galo em sua carreira. A mensagem foi marcada por emoção, sinceridade e um profundo sentimento de gratidão.
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A carta começa com uma retrospectiva da infância em Campina Grande, na Paraíba. Hulk descreveu a realidade difícil vivida com sua família, evidenciando a luta diária enfrentada desde cedo. “Fome nunca passamos, mas tinha dia que era farinha com açúcar no almoço e açúcar com farinha no jantar”, revelou o jogador, ao citar a precariedade das condições em que cresceu. Aliás, essas experiências moldaram o espírito batalhador que ele carrega até hoje.
Posteriormente, Hulk abordou o início no futebol. Segundo ele, foi com apenas 12 anos que deixou o lar para seguir viagem com Zé do Egito, seu primeiro empresário. Conforme relatado, foi esse contato que abriu caminho para testes em clubes de diferentes regiões do Brasil. Assim, começou sua caminhada em equipes como Serrano-PB, Vitória e São Paulo, até a chegada a Portugal, onde enfrentou o primeiro grande teste no futebol internacional.
Em solo português, Hulk precisou lidar com críticas e piadas relacionadas ao apelido. “Agora que chegou o Hulk, quando vem o Homem-Aranha?”, recordou o atacante sobre as provocações. Entretanto, ele respondeu dentro de campo, marcando um gol no primeiro treino pelo Porto e silenciando os colegas. Anteriormente desconhecido, ele começou a construir ali seu nome no futebol europeu.
O relato também trouxe detalhes dos momentos difíceis vividos na Rússia, quando defendeu o Zenit. Segundo o próprio jogador, além do clima interno de desconfiança, enfrentou episódios de racismo. Apesar disso, permaneceu no país por quatro temporadas e conquistou títulos importantes. Surpreendentemente, sua trajetória foi retomada no futebol chinês, onde defendeu o Shanghai e recebeu o melhor contrato da carreira.
A ligação com o Atlético surge na parte final do depoimento. Hulk revelou que não desejava encerrar sua carreira no futebol asiático, pois sentia que ainda faltava algo. “Um dia eu percebi que pisar no campo do Mineirão vestindo a nossa camisa alvinegra, ouvindo a Massa cantando sem parar… aquilo era mágico”, descreveu. A presença do pai, vestido como o personagem que inspirou seu apelido, tornou o momento ainda mais especial.
Encerrando sua mensagem com um apelo inspirador, Hulk direcionou palavras de incentivo a quem sonha com grandes conquistas, dizendo: “Nunca deixe de acreditar. Acreditar, sempre!”. A carta, além de homenagear o Atlético, reforça o papel que o clube desempenhou na realização de um sonho antigo do atacante, que, atualmente, é um dos principais nomes do elenco alvinegro.
