A crise política no Corinthians ganhou mais um capítulo nesta terça-feira (25 de março), após a Justiça de São Paulo negar um novo recurso apresentado por Augusto Melo, presidente do clube, que tentava suspender o processo de impeachment em curso. A decisão partiu da 8ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça.
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Augusto Melo recorreu à Justiça com o argumento de que não teve a oportunidade de exercer plenamente sua defesa. Contudo, o Tribunal entendeu que não houve impedimento legal para a tramitação do processo e rejeitou os embargos apresentados pelo mandatário alvinegro.
O dirigente segue sob risco de destituição do cargo, uma vez que responde por suspeitas envolvendo o contrato de patrocínio com a empresa VaideBet. A acusação também aponta infrações à Lei Geral do Esporte e violações ao estatuto do clube, o que motivou a abertura do processo de impedimento.
“Esse processo não acabou ainda. Houve o julgamento dos embargos de declaração no Tribunal de Justiça, mas a defesa vai recorrer para Brasília”, afirmou Ricardo Cury, advogado de Augusto Melo. Ele também destacou que há outra ação em andamento na primeira instância e que, segundo ele, seguirá o mesmo caminho até as instâncias superiores: “A disputa judicial irá longe ainda”.
Anteriormente, em janeiro, o Conselho Deliberativo do Corinthians já havia votado pela admissibilidade do pedido de impeachment, em uma apertada derrota para Melo, por 126 votos a 114. No entanto, a votação acabou suspensa por questões de segurança, e até o momento, não há nova data definida para a retomada.
O cenário atual indica que a situação institucional do clube permanece instável, com o presidente tentando, por meios judiciais, interromper o processo que pode tirá-lo do comando do Corinthians.
