A utilização da inteligência artificial no futebol tem provocado mudanças significativas na forma como os clubes identificam e contratam novos talentos. Essa transformação ocorre, principalmente, no setor de observação técnica, tradicionalmente conhecido como scouting. Atualmente, algoritmos e sistemas automatizados assumem um papel central no processo de avaliação de jogadores.
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Antes, os olheiros percorriam inúmeros campos e assistiam a horas de partidas em busca de atletas promissores. Contudo, com o avanço da tecnologia, esse trabalho passou a ser complementado — e, em certos casos, substituído — por soluções baseadas em IA. Esses sistemas são capazes de analisar grandes volumes de dados em tempo real, o que permite um mapeamento mais preciso do potencial de cada jogador.
Conforme especialistas do setor, as plataformas de inteligência artificial cruzam dados técnicos, físicos e comportamentais dos atletas. Dessa maneira, é possível identificar padrões de desempenho e prever possíveis evoluções ou quedas de rendimento. Aliás, essa abordagem se mostra especialmente útil na análise de jovens atletas ainda em formação.
De acordo com relatos de profissionais envolvidos no processo de captação, o uso dessas ferramentas tem reduzido consideravelmente o tempo necessário para a tomada de decisão. Afinal, os relatórios gerados automaticamente trazem informações que, anteriormente, exigiam semanas de observação. Assim, clubes conseguem agir de forma mais rápida no mercado, evitando a concorrência por jogadores identificados como promissores.
Embora a presença humana ainda seja considerada essencial em muitas etapas do processo, é inegável que a inteligência artificial se tornou uma aliada valiosa. “A tecnologia não substitui o olhar do especialista, mas oferece suporte com dados objetivos e atualizados”, explicou um analista de desempenho consultado por um veículo especializado.
Em suma, a inteligência artificial tem reconfigurado o cenário da detecção de talentos no futebol. Ao combinar análise de dados com o conhecimento técnico, clubes de diferentes níveis passam a ter mais recursos à disposição para tomar decisões estratégicas. Portanto, a tendência é que a tecnologia siga ocupando espaço crescente nesse campo.