A saída de Cássio da equipe titular do Corinthians, durante a temporada de 2024, ganhou novos contornos com a revelação feita por António Oliveira. O técnico português, responsável pelo comando do time naquele período, relatou como foi o momento em que precisou comunicar ao experiente goleiro que ele perderia a vaga entre os onze iniciais. A justificativa para a decisão, segundo o treinador, envolveu uma análise técnica em que Carlos Miguel demonstrava estar em melhor fase.
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Conforme explicou António, a escolha não foi simples. Ele mesmo reconheceu o peso histórico de Cássio no clube. “Quem sou eu para tomar essa decisão diante do maior ídolo da história, mas é a minha função”, disse o treinador em entrevista. Ainda assim, optou por priorizar o desempenho recente dos atletas, reforçando que seu papel exige colocar os interesses do time acima de qualquer nome.
A conversa com Cássio foi marcada por respeito mútuo. Apesar do impacto da notícia, o goleiro demonstrou maturidade ao aceitar a condição de reserva. “Ele disse: ‘Quero estar com a equipe e vou ficar no banco’”, revelou o técnico. A atitude do jogador foi classificada como extremamente profissional, o que reforça sua imagem consolidada dentro do futebol brasileiro.
O treinador ainda afirmou que esse tipo de decisão costuma causar desconforto, mas é inevitável para quem ocupa cargos de liderança. “Somos líderes e somos pagos para tomar decisões difíceis. Se tivermos razões plausíveis, temos que agir”, comentou António. Para ele, separar a idolatria da avaliação técnica foi essencial naquele momento.
Embora tenha deixado o Corinthians meses depois, a postura de Cássio durante esse episódio foi destacada como exemplar. O goleiro encerrou sua trajetória no clube paulista em maio de 2024, acertando com o Cruzeiro. A transferência ocorreu em meio a um desgaste natural pela perda da titularidade, mas sem episódios de desentendimento público.
Atualmente no time mineiro, Cássio segue sendo referência de experiência. O episódio revelado por António Oliveira mostra, acima de tudo, como decisões esportivas exigem sensibilidade e coragem, tanto por parte de quem lidera quanto de quem é liderado.
