A saída de Fabrício Bruno do Flamengo para o Cruzeiro envolveu uma série de fatores pessoais e profissionais que, somados, definiram o rumo da carreira do zagueiro em 2025. Após perder espaço no elenco rubro-negro com a chegada de Filipe Luís ao comando técnico, o jogador optou por buscar novos desafios. A escolha pelo retorno ao Cruzeiro, clube que o revelou, foi tomada com convicção, principalmente por conta do planejamento apresentado e das ligações de Alexandre Mattos e Pedro Lourenço.
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“Cheguei ao meu mais alto nível, fui convocado para a Seleção. Sentia que precisava dar uma oxigenada”, afirmou Fabrício. O defensor revelou que teve outras propostas e sondagens, mas que o projeto do Cruzeiro o motivou de maneira especial. Além disso, o jogador compartilhou um momento familiar marcante que o impulsionou a mudar de ares: “Meu filho, um dia, me disse: ‘papai, por que você não joga mais?’. Isso foi uma coisa que doeu. Era difícil para mim ver essa percepção nele”.
Anteriormente, Fabrício Bruno havia recusado uma proposta do West Ham, da Inglaterra, mesmo com os ingleses sinalizando um pagamento de 15 milhões de euros ao Flamengo. Segundo o zagueiro, a oferta foi rejeitada por motivos familiares e pelo fato de o contrato não apresentar grande vantagem em relação ao que já recebia. “Minha esposa estava grávida, meu filho é muito apegado a mim. Talvez teria que ficar longe deles por um ano. Foi uma decisão minha, baseada no que considero prioridade”, explicou.
A negociação com o Cruzeiro foi concretizada no início de janeiro, quando o clube mineiro aceitou pagar 7 milhões de euros (R$ 44 milhões) à vista pelos 100% dos direitos econômicos do atleta. O Flamengo, portanto, não manteve percentual em uma possível venda futura. Com isso, Fabrício encerrou seu ciclo no clube carioca com quatro títulos: duas Copas do Brasil (2022 e 2024), um Campeonato Carioca (2024) e uma Libertadores (2022).
No novo clube, o zagueiro reconheceu que há grande expectativa sobre o elenco formado para a temporada. “Quando o clube contrata nomes como eu, Dudu e Gabigol, é natural que a pressão venha. A gente costuma falar que estão colocando olho gordo na gente”, comentou. Apesar do investimento, o time foi eliminado precocemente no Campeonato Mineiro, o que gerou frustração interna e entre os torcedores.
Contudo, Fabrício acredita que essa eliminação pode servir de ponto de virada. “Classificamos com 11 pontos, enquanto teve time que ficou fora com 15. Não era digno estarmos na final. Mas essa saída pode nos fazer mudar o rumo. O trabalho do Jardim é intenso, e estamos focados nas competições que virão”, finalizou.