Com a iminente demissão de Dorival Júnior, a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) se vê diante de um momento crítico e decisivo: a escolha do próximo técnico da Seleção Brasileira. E estabelecer um plano alternativo para opção de Carlo Ancelotti, do Real Madrid, é a base para um resultado bem sucedido, na visão do jornalista Mauro Cezar. O comunicador entende que concentrar esforços exclusivamente no italiano é um plano arriscado devido à complexidade dos termos.
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Mauro Cezar argumenta que a CBF não deve depender unicamente de Ancelotti, pois, caso as tratativas não avancem, seria imprudente recorrer a um técnico nacional de forma aleatória. Ele sugere que a entidade considere também outros profissionais estrangeiros de renome — que atue fora do Brasil e que tenha o desejo de comandar a Seleção — , como Jorge Jesus, cujo contrato está próximo do fim.
“Eles têm que ter um plano A e um B. Se eles ficarem dependendo só do Ancelotti, vai ser bem um problema. Vão tentar, tentar, se na última hora não conseguir, faz o quê? Vai pegar um técnico aleatoriamente aqui no Brasil? O Ancelotti está envolvido na Liga dos Campeões, no Campeonato Espanhol, na Copa do Rei e no Mundial de Clubes. Tem quatro competições e com contrato em vigor. E foi renovado, né? Ele teria que antecipar a rescisão”, iniciou.
“Me parece uma operação bem complexa, mais complexa do que na primeira tentativa, porque o contrato estava no final. A CBF precisa de um plano B. Não dá pra ficar com o plano A, não. Vai ficar dependendo do italiano. Estamos aqui falando sobre a tentativa de tirar o técnico do Real Madrid. Uma coisa é o Ancelotti em final de contrato, sem saber se renovaria”, prosseguiu.
Características do próximo técnico
É imperativo que o próximo técnico da Seleção tenha não apenas a habilidade técnica, mas também autoridade suficiente para tomar decisões sem se preocupar em agradar jogadores, evitando conflitos de interesses que podem afetar o desempenho da equipe. “Que não vá se preocupar em agradar o jogador, em convocar um jogador A ou B pra colocar numa posição X, não pode ser reserva”, ressalta Mauro, enfatizando a necessidade de um líder forte que priorize o rendimento coletivo.
“Não tem ninguém aqui no Brasil pra assumir. Alguém estrangeiro que venha de fora. Um técnico que venha de fora. Que tenha tamanho. Que tenha peso. Que não vá se preocupar em agradar o jogador. O cara que fica acima disso e que faça um bom trabalho. Essa acho que é a necessidade. E que veja na Seleção uma oportunidade profissional interessante porque é uma chance de dirigir uma Seleção que pode ser campeã do mundo”, seguiu.
“Porque é o seguinte, o time está muito ruim. O time é muito ruim, como time, coletivamente falando. Mas o material humano é bom. Então, não é difícil sair desse buraco. Lembro o Tite quando chegou na seleção de 2016. E aí ele arrumou bem. Então, foi um grande salto de qualidade. Um bom técnico que consiga resolver isso rapidamente. É isso que o Brasil tem que pegar. A seleção tem que pegar. A CBF tem que ir atrás de um cara assim”, completou.
@jovempanesportes 🗣️ CONCORDA COM MAURO CEZAR, TORCEDOR? O técnico da Seleção presa vir de fora da liga brasileira? 🇧🇷 #Brasil #Seleção #DorivalJr ♬ som original – jovempanesportes
O planejamento da Seleção Brasileira
Como dito por Mauro, a CBF trabalha com prioridade absoluta por Carlo Ancelotti, que, de acordo com a mídia espanhola, tem considerado a transferência para o período pós-Mundial de Clubes – entre junho e julho. A entidade também iniciou conversas, ainda que primárias, com Jorge Jesus para tê-lo no radar caso as tratativas com o italiano se estendam mais que o desejado.
