A situação do Valladolid nesta temporada do Campeonato Espanhol tem gerado forte insatisfação entre torcedores e antigos jogadores do clube. Atualmente na última colocação da tabela, a equipe acumula apenas 16 pontos, ficando atrás do penúltimo colocado por nove pontos. O risco de mais um rebaixamento, portanto, parece cada vez mais próximo, aumentando a pressão sobre a diretoria.
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Conforme a crise se agrava, as críticas à gestão de Ronaldo Fenômeno, proprietário majoritário do clube desde 2018, ganham mais força. Entre os que se manifestaram publicamente está o ex-jogador Pablo Hervías, que atuou pelo Valladolid entre 2017 e 2022. “Não é preciso ser idiota para saber que deixaram o time morrer”, declarou o atleta, em entrevista à Rádio Marca.
Apesar de afirmar que mantém respeito por Ronaldo e elogiar sua postura pessoal durante o período em que estiveram no clube juntos, Hervías não poupou críticas quanto às escolhas administrativas. “Tenho um grande apreço por Ronaldo. Quando estive lá, foi fantástico. Não posso falar mal dele como pessoa. Mas essas coisas do tênis chamam atenção”, disse, referindo-se à participação do ex-jogador em eventos do esporte enquanto o Valladolid disputava partidas decisivas.
As críticas também se estendem às decisões de mercado. Hervías lembrou de casos em que jogadores foram negociados sem que houvesse reposição técnica à altura. “Você vende um jogador por cinco milhões e não traz um substituto à altura, começa a temporada sem um lateral-esquerdo… São decisões difíceis de entender”, afirmou.
Aliás, esse sentimento de abandono relatado por Hervías parece ser compartilhado por parte da torcida. Protestos recentes pediram as saídas de Ronaldo e do técnico Paulo Pezzolano, que comanda a equipe nesta temporada. A relação entre diretoria e arquibancada, portanto, vive um momento de evidente desgaste.
Desde que Ronaldo assumiu o comando do clube, esta pode ser a terceira queda para a segunda divisão. Apesar disso, Hervías reconheceu que nos primeiros anos da nova gestão havia uma tentativa de estruturar melhor o time. “Na época do rebaixamento em 2020/2021, mesmo sendo um ano ruim, as coisas estavam sendo bem feitas”, concluiu.