A Confederação Brasileira de Futebol anunciou nesta sexta-feira (28 de março) a demissão de Dorival Júnior do comando da Seleção Brasileira. A decisão ocorreu dias após a derrota por 4 a 1 diante da Argentina, em pleno território nacional, pela fase de qualificação sul-americana para a Copa do Mundo de 2026. O resultado agravou a pressão sobre o treinador, que somava apenas uma vitória nas últimas quatro partidas.
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Dorival esteve à frente da equipe por um ano, comandando 16 jogos, com sete vitórias, sete empates e três derrotas. A goleada sofrida para o rival histórico foi determinante para o encerramento do seu ciclo. “A partir de agora, vamos procurar um substituto que oportunamente, vamos informar”, declarou Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF, após confirmar a saída do técnico.
Conforme já era especulado, Jorge Jesus surge como o principal alvo da CBF para assumir o cargo. O treinador português, atualmente no Al Hilal, da Arábia Saudita, já demonstrou interesse em treinar a Seleção. “A Seleção Brasileira é uma ambição, não nego”, afirmou Jesus em entrevista concedida anteriormente ao jornal A BOLA. A entidade brasileira vê com otimismo a possibilidade de concretizar o acordo até junho, quando o Brasil volta a campo contra o Equador.
Aliás, a CBF considera que o intervalo até o próximo compromisso favorece as tratativas. Embora o contrato de Jesus com o clube saudita seja um entrave, a expectativa é que ele fique livre com o término da Liga dos Campeões da Ásia e da Liga Saudita. A federação brasileira, inclusive, estaria disposta a pagar cerca de 30 milhões de reais ao Al Hilal para liberar o técnico já no início de abril, valor que poderia ser reduzido se a liberação ocorrer mais adiante.
Enquanto isso, a Seleção se encontra na quarta posição da tabela das Eliminatórias da CONMEBOL, com 21 pontos. A campanha apresenta desempenho irregular, e a sequência de maus resultados aumentou a urgência por uma nova liderança técnica. Desde a saída de Tite, em 2022, o Brasil já teve três treinadores: Fernando Diniz, Ramón Menezes e, mais recentemente, Dorival.
Por fim, a repercussão da goleada para a Argentina também provocou reações no elenco. “A equipe tem de fazer muito melhor e garantiu que as culpas não podem ser direcionadas a uma única pessoa”, declarou o zagueiro Marquinhos. Assim, a definição de um novo treinador tornou-se, primordialmente, uma prioridade no planejamento da CBF para retomar o protagonismo nas competições internacionais.
