Dirigente rival manda recado para a Conmebol e cita o poder financeiro do Flamengo 

Escudo do Flamengo (Foto: Reprodução)

O presidente do Nacional defendeu que as punições aplicadas pela Conmebol em casos de racismo já são muito grandes. Alejandro Balbi apontou que o Brasil é um país muito mais rico que o Uruguai e isso credencia os times brasileiros a pagarem multas caso necessário, algo que não acontece no futebol uruguaio.

Em entrevista à ESPN, Alejandro Balbi citou a discrepância financeira entre os países para defender a manutenção dos valores em punições propostas pela Conmebol. Ele citou nominalmente Flamengo, Botafogo e Internacional, como times capazes de lidar com multas volumosas, ao contrário dos uruguaios.

“A penalidade da Conmebol é muito forte. Eu sei que o futebol brasileiro tem muito mais dinheiro que o uruguaio, e de repente o Inter, o Botafogo, o Flamengo podem pagar uma multa de centenas de milhares de dólares. Mas nós, uruguaios, somos pobres. A multa é muito dinheiro para nós”, disse à ESPN.

O endurecimento das punições em casos de racismo foi pauta do futebol sul-americano depois que a Conmebol aplicou uma multa de 50 mil dólares, pouco mais de 280 mil reais, ao Cerro Porteño pelos insultos racistas direcionados a Luighi, do Palmeiras.

No dia 6 de março, pela Copa Libertadores da América sub-20, o atacante alviverde levou uma cusparada e foi chamado de “macaco” por torcedores paraguaios. A presidente Leila Pereira cobrou medidas severas da Conmebol e chamou de “ridícula” a punição aplicada.

Os casos de racismo contra brasileiro têm se intensificado. Durante um programa da rádio ABC Color, do Paraguai, o âncora e comentarista Enrique Vargas Peña chamou os brasileiros de “macaco” e xingou Leila Pereira de “cachorra de m….”, ao comemorar a derrota do Brasil para a Argentina por 4 a 1 pelas Eliminatórias da Copa do Mundo 2026.

No país, racismo não é considerado crime e ninguém é preso ao praticá-lo. O máximo que um cidadão recebe como punição é uma multa que pode chegar a 7,8 mil reais.