A conquista do título paulista pelo Corinthians teve como um de seus pilares a superação física de Hugo Souza. O goleiro, um dos protagonistas da decisão diante do Palmeiras, revelou que entrou em campo no sacrifício, lidando com dores que já o acompanhavam há semanas. A atuação decisiva na Neo Química Arena, portanto, foi marcada não apenas por defesas importantes, mas também por um forte comprometimento com o clube.
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Segundo o próprio Hugo, a situação física se agravou logo nos minutos iniciais da final, disputada na quinta-feira (27 de março). Em uma dividida com adversários, o goleiro sofreu pancadas no quadril, panturrilha e queixo, chegando a ficar tonto no lance. “Ainda estou com bastante dor. Tudo aconteceu de uma vez só. Já vinha no sacrifício há algum tempo”, relatou em entrevista à TV Globo.
A lesão, no entanto, não foi consequência apenas da final. Hugo revelou que, no confronto contra o Guarani, em 23 de fevereiro, sofreu uma lesão muscular na parte anterior da coxa. “Falei para os médicos que não ia parar de jeito nenhum. Estávamos em um momento decisivo e ninguém queria que eu ficasse de fora”, afirmou o atleta. Ainda durante a Data Fifa, o jogador levou equipamentos para casa com o intuito de manter o tratamento.
Mesmo enfrentando limitações físicas, o camisa 1 do Corinthians brilhou na decisão. Aos 25 minutos do segundo tempo, ele defendeu a cobrança de pênalti de Raphael Veiga, mantendo o empate em 0 a 0 e assegurando o título ao clube, que havia vencido o jogo de ida por 1 a 0. “Com certeza foi o jogo mais importante da minha vida”, declarou o goleiro, que disputou sua 50ª partida pelo time.
Aliás, Hugo não foi o único atleta a atuar no limite físico. Conforme ele revelou, outros companheiros também superaram dores para estarem presentes na final. “Garro, Yuri Alberto e eu estávamos no sacrifício”, comentou, ressaltando o esforço coletivo do elenco corinthiano para alcançar o resultado.
Com o título, Hugo Souza soma agora quatro clássicos contra o Palmeiras sem derrotas, com duas vitórias e dois empates. Além disso, a defesa de pênaltis na final reforça seu protagonismo recente. “Nem nos meus melhores sonhos imaginava um cenário como esse. Só tenho a agradecer”, finalizou o goleiro.