O jornalista Enrique Vargas Peña chamou os brasileiros de “macacos” após a goleada que o Brasil sofreu para a Argentina. O âncora do ABC Cardinal comemorou a derrota brasileira e quando foi alertado sobre o ato de racismo, xingou a presidente do Palmeiras, Leila Pereira, de “cachorra”.
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O âncora é um dos principais nomes do ABC Cardinal, uma rádio do jornal ABC Color, e não se furtou de cometer racismo mesmo ao vivo. Durante o programa, o jornalista não escondeu a satisfação pela derrota brasileira e chamou todos os brasileiros de “macacos”.
“Outra felicidade enorme que eu tive ontem foi que o Brasil perdeu de 4 a 1. Os macacos!”, disse o comentarista, durante o programa.
Na bancada do programa, haviam dois outros comentaristas esportivos e ao cometer o ato racista, foi alertado pela companheira que dividia a mesa com ele, de que ele seria multado. O alerta não serviu de nada e ele ainda estendeu os xingamentos à Leila Pereira, presidente do Palmeiras, em um ato de misoginia.
“Não, aquela cachorra de m*** não vai dirigir a palavra a mim”, disse.
Enrique Vargas Peña, comentarista do jornal paraguaio ABC Color, chama brasileiros de "macacos" e Leila Pereira de "cachorra de m****".
— Planeta do Futebol 🌎 (@futebol_info) March 27, 2025
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No Paraguai, quem é condenado por racismo não vai preso. Lá, o sistema judiciário considera “atos discriminatórios e racistas” uma infração, ou seja, não é considerado um delito ou tampouco um crime. A punição máxima para um racista é uma multa de 7,8 mil reais.
As referências à presidente do Palmeiras vão em consonância com os insultos racistas que o jovem atacante Luighi sofreu no dia 6 de março em uma partida do Alviverde com o Cerro Porteño, em San Lorenzo. O atleta foi chamado de “macaco” e também recebeu uma cusparada quando se dirigia ao banco de reservas.
Leila Pereira condenou os ataque e chamou de “ridícula” a punição oferecida pela Conmebol, ao punir o time paraguaio com uma multa de 50 mil dólares.