A saída de Dorival Júnior do comando da seleção brasileira foi resultado de um processo gradual de desgaste, iniciado ainda em 2024. As dificuldades enfrentadas em campo, principalmente na Data Fifa de novembro, acenderam o alerta na CBF. A vitória apertada contra a Colômbia e a goleada sofrida para a Argentina intensificaram as críticas internas.
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O presidente Ednaldo Rodrigues já havia sinalizado insatisfação com o trabalho de Dorival antes mesmo dos compromissos de março. A eleição presidencial, realizada na véspera do duelo contra a Argentina, contribuiu para o distanciamento do dirigente, que só chegou a Brasília no dia da partida diante dos colombianos.
“Ednaldo ofereceu toda a estrutura necessária”, disse Dorival em entrevista coletiva. Contudo, o ambiente no vestiário após a derrota por 4 a 1 para os argentinos indicava o fim de uma relação marcada por pouco diálogo. A expectativa da comissão técnica era conquistar quatro pontos nos dois jogos, o que poderia amenizar a pressão, mas não evitou a queda.
Enquanto isso, a direção da CBF já realizava sondagens. Houve contatos informais com Carlo Ancelotti e consultas sobre Jorge Jesus, este visto como uma alternativa viável. Rodrigo Caetano, diretor de seleções, não participou das conversas, o que causou surpresa nos bastidores.
Apesar da demissão de Dorival, nem todos os profissionais ligados à comissão técnica deixaram a entidade. O coordenador técnico Juan, indicado pelo treinador, permaneceu. Já auxiliares como Lucas Silvestre, Pedro Sotero e o preparador físico Celso Rezende foram desligados.
A decisão da CBF abre caminho para a chegada de um novo treinador ainda antes da Data Fifa de junho. Jorge Jesus, que comanda o Al Hilal, surge como favorito, embora deseje finalizar a participação do clube na Champions Asiática, entre 25 de abril e 3 de maio.