O Bahia segue em evolução e tem mostrado competitividade na temporada, mas Rogério Ceni destaca que a disparidade econômica entre os clubes ainda é um fator determinante, principalmente na Libertadores. O técnico reconhece o crescimento da equipe, mas pondera sobre a realidade financeira do torneio.
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“Eu fico feliz que o Bahia seja colocado como um time com variação no elenco, mas isso não quer dizer que somos o sexto melhor time da Libertadores. Mostra que estamos crescendo e que temos condições de lutar. Vocês viram o Inter jogando ontem contra o Flamengo, a qualidade do Inter fora de casa. O gasto econômico, o investimento, o valor, nem sempre vai refletir a posição final”.
Além da questão econômica, Ceni também abordou a arbitragem no futebol brasileiro e o comportamento dos jogadores dentro de campo. Para o treinador, a pressão sobre os árbitros tem dificultado a condução das partidas.
“O futebol tem cada vez mais investimento, sem dúvida o árbitro também merece atenção e um trabalho fixo naquilo. E também os atletas precisam melhorar o comportamento dentro de campo. É impossível apitar um jogo no Brasil, fica todo mundo cercando ele ali. Estamos muito chatos dentro de campo. É muita gente perturbando os caras. É difícil tomar uma decisão. E eu me incluo nisso, precisamos colaborar mais. Atletas e treinadores”.
Sobre o empate contra o Corinthians, Ceni voltou a lamentar as oportunidades desperdiçadas e a fragilidade defensiva em jogadas aéreas. O Bahia teve chances de ampliar o placar antes da expulsão de Everton Ribeiro, mas não conseguiu aproveitar.
“Repetir, treinar, continuar criando e ter mais frieza para concluir a gol. Tivemos duas chances logo no começo do segundo tempo. Depois com um a menos não é fácil. Defendemos bem, existiram cruzamentos, mas o único com chance real foi que entrou. Jogamos contra uma grande equipe do futebol brasileiro. Acho que fizemos um bom jogo, talvez tenha faltado tranquilidade quando a gente recuperava a bola. Faltaram poucos minutos para a gente conseguir o sucesso com o 1 a 0”.
O Bahia agora foca nos ajustes para os próximos desafios, buscando eficiência nas finalizações e maior solidez defensiva para evitar a perda de pontos nos minutos finais.