O vestiário do Grêmio se transformou em um verdadeiro “torre de babel” em 2025, com a chegada de novos reforços estrangeiros, aumentando ainda mais a diversidade de idiomas dentro do elenco. O clube se tornou líder no Brasileirão no número de jogadores estrangeiros, com 11 atletas de diferentes nacionalidades. A chegada do ganês naturalizado belga Francis Amuzu, por exemplo, trouxe mais uma língua para a comunicação interna: o francês, o inglês, o português e o espanhol agora coexistem no dia a dia da equipe.
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Amuzu, que está se adaptando ao novo idioma, tem feito aulas de português e já se esforça para se comunicar no idioma local. Em entrevista ao ge, o lateral-direito João Pedro destacou o processo de adaptação do belga, ressaltando a ajuda que o jogador tem recebido de seus companheiros.
“É muito legal essa variedade, né? É uma relação bem legal. A gente vai se adaptando. E acredito que ele (Amuzu) vai aprender o português também muito rápido com a gente aqui todo dia. Ele já chega agora, ‘bom dia’, ‘tudo bem’. Então, isso aí vai pegando rápido”, afirmou o defensor.
O volante Camilo tem sido um dos principais responsáveis pela adaptação de Amuzu. No intervalo do jogo contra o Juventude, na semifinal do Gauchão, Camilo auxiliou na tradução de orientações de Quinteros para o francês, já que o volante havia aprendido a língua durante sua passagem pelo Lyon, da França. Camilo, além de ser fluente em francês, tem atuado como uma ponte de comunicação para vários outros jogadores.
Outro aliado importante é o centroavante dinamarquês Braithwaite, que fala inglês e francês e também se oferece para ajudar nas traduções dentro do grupo. No jogo contra o São Raimundo-RR, pela Copa do Brasil, Braithwaite foi o tradutor de orientações do técnico Quinteros para Amuzu durante uma parada técnica. Além disso, os auxiliares técnicos Maxi Quezada e Rodrigo Quinteros, que falam inglês, têm sido fundamentais para transmitir as ideias do treinador para o belga durante os treinamentos.
O elenco do Grêmio conta ainda com uma forte presença de falantes de espanhol, incluindo os argentinos Kannemann, Cristaldo e Pavon, os uruguaios Cristian Olivera e Arezo, os colombianos Cuéllar e Monsalve, o chileno Aravena, o paraguaio Villasanti, e membros da comissão técnica como os argentinos Gustavo Quinteros, Leandro Desábato, Hugo Roldán e Rodrigo Quinteros, e o chileno Maxi Quezada. O espanhol, portanto, é a segunda língua mais falada no vestiário, e João Pedro, embora consiga compreender bem o espanhol, faz questão de falar mais devagar para ajudar os companheiros a entenderem melhor as suas mensagens.
“Eu, particularmente, consigo entender até bem quando eles vêm se comunicar comigo e não estão falando tão rápido. Sempre tento falar com eles também um pouco mais devagar e eles conseguem compreender”, completou João Pedro.