Após a conquista do Campeonato Paulista, o presidente do Corinthians, Augusto Melo, ganhou fôlego em meio a um cenário político conturbado. O título representou o fim de um jejum de conquistas no futebol profissional masculino, que já durava desde 2019. A vitória, aliás, veio 14 meses após o início do mandato de Augusto, e reforça uma das promessas feitas por ele durante a campanha eleitoral.
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Apesar do reforço simbólico trazido pela taça, o dirigente segue pressionado internamente. Em abril, o Conselho de Orientação e o Conselho Deliberativo do clube irão analisar o balanço financeiro do seu primeiro ano de gestão. Conforme informações de bastidores, a expectativa é de que os números mostrem déficit e aumento da dívida corintiana.
Se as contas forem reprovadas, um novo processo de destituição pode ser aberto. Vale lembrar que o Conselho já aprovou, em janeiro, a admissibilidade de um processo de impeachment. No entanto, ainda não há data marcada para a votação da possível saída do dirigente, que poderá ser afastado até que os sócios decidam em assembleia.
Paralelamente, Melo também enfrenta acusações envolvendo cambismo e irregularidades no programa de sócio-torcedor. Além disso, segue em curso uma investigação da Polícia Civil sobre a intermediação do contrato de patrocínio da VaideBet, na qual o presidente deverá depor nas próximas semanas.
Mesmo com a crise nos bastidores, até os opositores admitem que o desempenho do time influencia diretamente na estabilidade política do clube. “Isso aqui é o resultado da política. Eu penso no Corinthians, porque sou corintiano. Me dedico 100%”, afirmou Augusto, exaltando a estrutura e profissionalização do clube.
Portanto, embora o ambiente político continue tenso no Parque São Jorge, o presidente do Corinthians inicia abril fortalecido por uma conquista relevante e com respaldo de parte dos torcedores, ao menos no campo esportivo.
