A derrota por 2 a 0 para o Fortaleza, no último sábado (29 de março), na Arena Castelão, custou o cargo de Mano Menezes no Fluminense. A diretoria decidiu pela demissão do treinador já na primeira rodada do Campeonato Brasileiro de 2025. O revés e a atuação abaixo do esperado pesaram na escolha tomada pelo presidente Mário Bittencourt, respaldada internamente e, aliás, apoiada publicamente por lideranças do elenco, como o volante Felipe Melo.
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Com a saída de Mano, o clube carioca volta suas atenções para o mercado em busca de um novo comandante. Renato Gaúcho, que está livre desde o fim de sua passagem pelo Grêmio, é um dos favoritos da diretoria. Entretanto, entre os torcedores, o nome de Fernando Diniz surge como preferência. O técnico está disponível após deixar o Cruzeiro e carrega no currículo a conquista da Libertadores de 2023 justamente com o Tricolor.

Apesar de uma resistência anterior quanto à contratação de estrangeiros, a diretoria do Fluminense não descarta essa possibilidade no atual momento. Assim sendo, um nome que ganha força nos bastidores é o do argentino Jorge Sampaoli. O treinador, que recentemente deixou o Rennes, da França, onde teve uma passagem curta de apenas dois meses, mostrou-se receptivo à ideia de ouvir um eventual projeto apresentado pelo clube carioca.
Sampaoli está sem equipe desde janeiro, quando encerrou sua passagem pelo futebol francês. Por lá, comandou o Rennes em dez partidas, somando três vitórias e sete derrotas. Apesar do desempenho aquém, seu nome ainda carrega relevância no mercado sul-americano, especialmente por passagens anteriores por clubes brasileiros.
Contudo, dois pontos podem complicar a negociação. O primeiro é o aspecto financeiro, já que, quando esteve no Flamengo, o argentino recebia cerca de R$ 2 milhões mensais. O segundo envolve uma possível tensão com Paulo Henrique Ganso, com quem teve uma relação desgastada desde a saída do meia do Sevilla, em 2018.
Ainda assim, Sampaoli parece disposto a virar a página. Em entrevista recente ao portal “ge”, ele destacou a importância de jogadores como Ganso no futebol atual. “Vejo poucos atletas que fazem o time jogar por dentro. Ganso é um deles. É uma posição em extinção”, declarou. A fala reforça a tentativa do técnico de reconstruir pontes e pode ser vista, eventualmente, como um sinal positivo em meio às tratativas.