Altitude? Jornalista dá dica pouco comum para jogadores do Atlético-MG: “Muita balinha…”

Arena MRV, estádio do Atlético-MG (Foto: Reprodução/Atlético)

A cobertura da vitória do Atlético sobre o Bolívar, em La Paz, envolveu mais do que apenas acompanhar o desempenho em campo. A repórter da Itatiaia, Cláudia Garcia, descreveu os desafios enfrentados fora das quatro linhas, em meio aos efeitos da altitude de 3.640 metros da capital boliviana. Em relato ao programa Bastidores, ela compartilhou experiências vividas durante a estadia, que demandou estratégias pouco convencionais para enfrentar o ambiente adverso.

“Folha de coca e balinha o dia inteiro”, comentou Cláudia, referindo-se ao uso comum da planta e de doces típicos como medida paliativa contra o mal-estar causado pela altitude. Conforme ela detalhou, os sintomas foram sentidos logo na chegada. “Dor de cabeça, falta de ar… você sobe uma escada e já sente tontura, coração acelerado”, disse.

Hulk, Paulinho e Arana comemoram gol do Atlético-MG (Foto: Pedro Souza/Atlético-MG)

Embora tenha relatado estar melhor no dia seguinte, a jornalista revelou que até tarefas simples, como a caminhada até o estádio, exigiram esforço adicional. “A gente sobe umas três ladeiras até chegar ao estádio Hernando Siles, e é um negócio louco. Você sente o cansaço imediato, muito diferente do habitual”, descreveu.

Durante a partida, Cláudia destacou a postura do Atlético, que demonstrou adaptação tática e preparo físico diante do Bolívar. “Foi surpreendente ver o time bem postado, sem se perder na correria. Mostraram maturidade e controle, algo que nem sempre se vê quando se joga nessas condições”, avaliou.

A jornalista também relatou o impacto do ambiente no torcedor local. Segundo ela, a paixão da torcida boliviana se manteve intensa, mesmo diante da superioridade técnica dos visitantes. “Eles empurram o time o tempo todo, mas o Atlético conseguiu se impor mesmo assim”, afirmou.

Ao final da cobertura, Cláudia comentou que a experiência, apesar das dificuldades físicas, foi enriquecedora. “É um desafio profissional e pessoal. Você volta com histórias que só quem vive entende”, concluiu.