A rivalidade nos bastidores do futebol brasileiro pode estar perto de ganhar um novo capítulo, mas, desta vez, em tom pacífico. John Textor, dono da SAF do Botafogo, busca uma reaproximação com Leila Pereira, presidente do Palmeiras, após meses de trocas de farpas e disputas públicas.
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O empate sem gols entre as equipes na estreia do Brasileirão marcou o início de um diálogo institucional, com os clubes unindo forças contra o racismo. Agora, Textor quer selar de vez a paz com Leila em um encontro pessoal.
Do embate à tentativa de trégua

Os últimos anos foram marcados por uma relação conturbada entre os dirigentes. Textor chegou a processar Leila Pereira, enquanto a mandatária alviverde já declarou que o americano deveria ser banido do futebol brasileiro.
Apesar disso, os tempos mudaram. O dono da SAF do Botafogo acredita que não há problema pessoal entre os dois e vê a conversa como uma oportunidade de debater temas importantes para o futebol nacional.
Uma nova polêmica, no entanto, quase colocou em risco essa aproximação. Isso porque um convidado do Botafogo no jogo contra o Palmeiras tirou uma foto com uma faixa do Corinthians, fazendo alusão ao título paulista.
O episódio gerou desconforto nos bastidores do clube paulista. Dessa maneira, Thairo Arruda, CEO do Botafogo, buscou contornar a situação, pedindo desculpas publicamente e entrando em contato com Leila para esclarecer o ocorrido.
A luta contra o racismo como ponto de união
Se no passado os dirigentes estavam em lados opostos, a luta contra o racismo surgiu como um ponto de convergência. Recentemente, após um caso envolvendo um atleta da base do Palmeiras, Leila sugeriu que os clubes brasileiros se filiassem à Concacaf como forma de pressionar a Conmebol por mudanças mais rigorosas.
“Fiquei tocado pelos comentários de Leila Pereira, que considerou nos juntarmos à Concacaf, uma ideia para elevar a visibilidade global e comercial do poder do futebol brasileiro”, escreveu Textor em seu site.
Além disso, o empresário americano defendeu que os clubes nacionais precisam ampliar sua influência no cenário internacional, porque, segundo ele, o futebol brasileiro ainda não recebe o devido respeito na Europa.
“Apesar de termos torcedores incríveis e muito poder comercial, não somos respeitados na Europa. Não estamos comandando nossos clubes, federações, ligas ou propriedades de mídia para competir propriamente com a Europa – então não recebemos o respeito da Europa no futebol”, destacou Textor.
Sendo assim, a possível reunião entre Textor e Leila Pereira não se trata apenas de uma reaproximação pessoal, mas também de uma tentativa de fortalecer o futebol brasileiro.
Com isso, a expectativa é que essa nova fase traga impactos positivos tanto para Botafogo e Palmeiras quanto para o cenário esportivo nacional.