O Atlético-MG iniciou sua trajetória na Copa Sul-Americana com um empate sem gols diante do Cienciano, em jogo realizado na noite de terça-feira (01 de abril), na cidade de Cusco, no Peru. A partida foi marcada pelas dificuldades enfrentadas pela equipe mineira, sobretudo pela altitude de 3.400 metros, que exigiu maior esforço físico dos atletas durante os 90 minutos.
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Apesar do placar zerado, o resultado foi considerado aceitável pela comissão técnica e pela diretoria, tendo em vista as condições do confronto. O atacante Hulk, inclusive, esteve próximo de marcar um gol antológico, o que demonstra que o time criou oportunidades mesmo atuando fora de seus domínios.
Contudo, o que mais repercutiu após o apito final não foi o desempenho em campo, mas sim a estrutura oferecida ao Atlético-MG nos bastidores. Conforme relatado pelo diretor de futebol Victor, os jogadores não puderam sequer tomar banho após a partida, devido à ausência de água nos vestiários da equipe visitante.
“Estamos retrocedendo à década de 60. É lamentável, triste”, declarou Victor, visivelmente irritado. Ele afirmou que situações como essa colocam em xeque o discurso de evolução constante do futebol sul-americano. “A gente fala muito em evolução, em campeonato que melhora a cada ano, mas isso mostra o contrário”, completou.
O dirigente ainda direcionou críticas à Conmebol, organizadora da competição. Segundo ele, há uma preocupação excessiva com formalidades, enquanto aspectos básicos acabam negligenciados. “A Conmebol sempre preocupada com pequenos detalhes, com bobagens e, com coisas elementares, às vezes passa despercebida”, disse.
A situação vivida pela delegação atleticana evidenciou a disparidade de infraestrutura entre os clubes participantes do torneio. Enquanto o time mineiro se preparou de forma intensa para a estreia, encontrou dificuldades que fugiram totalmente do aspecto esportivo, comprometendo o pós-jogo e a recuperação dos atletas.
