Aos 25 anos, Rebeca Andrade já pensa além dos tapetes e aparelhos que a consagraram como a maior medalhista olímpica da história do Brasil. A ginasta, que defende o Flamengo nas competições nacionais, revelou recentemente seu desejo de seguir carreira na área da psicologia após encerrar sua trajetória no esporte de alto rendimento.
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Em entrevista ao programa Esporte Espetacular, da TV Globo, Rebeca falou abertamente sobre seu interesse em trabalhar com saúde mental. “Tenho vontade de ser psicóloga. Não só do esporte, mas de todos. Dos atletas, das pessoas que não são e nem praticam esporte”, explicou. Desde 2022, ela divide o tempo entre as competições e os estudos acadêmicos, apesar de ter pausado a faculdade temporariamente devido à preparação para os Jogos Olímpicos de Paris.
Atualmente, a ginasta realiza o curso em um ritmo adaptado às suas demandas esportivas. Conforme revelou, ainda deve levar entre três e quatro anos para concluir a graduação. “Levo um pouco mais de tempo para terminar, mas também não preciso correr. Estou tranquila”, afirmou, demonstrando serenidade com o próprio processo de formação.
A escolha pela psicologia não surgiu ao acaso. Rebeca reconhece a importância do apoio emocional que recebeu ao longo da carreira, especialmente da psicóloga Aline Wolff, do Comitê Olímpico do Brasil. “Graças a Deus, tenho a Aline comigo. Quando meu boom aconteceu, ela já estava ao meu lado e me ajudou muito a lidar com as coisas”, declarou. A atleta também destacou o papel essencial da família como parte de sua rede de apoio.
Em paralelo aos planos futuros, Rebeca tem ajustado sua atuação na ginástica. Após os Jogos de Paris, ela optou por deixar de competir nas provas de solo. A decisão foi tomada com base em cuidados com o próprio corpo, após passar por três cirurgias no joelho. “Foi difícil, porque é um aparelho que eu gosto, mas eu gosto mais do meu corpo”, disse, justificando a mudança.
Além das quadras, Rebeca também expressa admiração por outras áreas e figuras públicas. Daiane dos Santos é uma das inspirações dentro da ginástica, enquanto Beyoncé e Iza ocupam espaço de destaque entre suas referências musicais. Aliás, foi convidada por Iza para cantar no Rock in Rio, mas não conseguiu participar por conta do calendário esportivo. Ainda assim, mantém o bom humor: “Meu coração doeu tanto, porque eu queria esse momento.”
