“Enquanto isso… a preocupação é subir na bola”. A frase publicada por Gabigol nas redes sociais após a derrota do Cruzeiro por 3 a 0 para o Internacional, neste domingo (06), traduziu a indignação do atacante com a expulsão de Jonathan Jesus ainda aos 20 minutos do primeiro tempo. O cartão vermelho gerou revolta no clube mineiro e abriu espaço para críticas à arbitragem e à postura recente da CBF.
Notícias mais lidas:
A decisão do árbitro Marcelo de Lima Henrique, validada pelo VAR sob responsabilidade de Daiane Muniz, não foi bem recebida pela diretoria celeste. O clube considerou a exclusão do defensor como fator determinante para o desfecho da partida. Diante disso, o Cruzeiro buscou explicações junto à Comissão de Arbitragem da CBF e questionou a ausência de uma revisão mais criteriosa no lance. “O Cruzeiro não vai se calar, vai defender os direitos. Queremos tratamento igual”, afirmou Pedro Lourenço, dono da SAF da equipe.
Além da cobrança direta à Comissão de Arbitragem, o Cruzeiro emitiu comunicado oficial criticando a ausência de medidas eficazes por parte da CBF. Conforme destacou o clube, não basta apenas discursos ou ofícios enviados às equipes. “Todos os clubes fazem seus protestos com requerimentos e vídeos, e nada resolve. Não se faz nada efetivamente para melhorar a arbitragem brasileira”, dizia o documento.
CBF divulgou o audio do VAR da expulsão de Jonathan, do Cruzeiro, na partida vs Inter
— Diário de Torcedor (@DiarioGols) April 7, 2025
"O defensor está atrás da linha da bola, ele não tem mais condições de disputar essa bola com esse jogador. Tem proximidade, tem domínio, e só tem o goleiro à frente"
pic.twitter.com/2f9mG8LYXT
Manifestação de Gabigol
Gabriel Barbosa, atacante do Cruzeiro, também entrou no debate ao utilizar as redes sociais para ironizar a atuação da CBF. A crítica faz alusão à nova diretriz da Confederação, que determina advertência com cartão amarelo para atletas que realizarem fintas subindo com os dois pés na bola, como ocorreu com Memphis Depay na final do Paulistão.
A manifestação do camisa 9 refletiu o descontentamento não apenas com o julgamento específico do lance de Jonathan Jesus, mas com a postura da CBF diante de questões consideradas periféricas em relação a decisões de maior impacto nas partidas. A atitude do atacante ganhou respaldo de parte da torcida e de membros da diretoria, que reforçaram a insatisfação com a recorrente polêmica em torno da arbitragem.
A polêmica levantou novamente o debate sobre o uso da tecnologia no futebol brasileiro. Embora o VAR esteja presente, a crítica recorrente é sobre sua aplicação inconstante e decisões que carecem de transparência. A discussão permanece em pauta, enquanto o Cruzeiro já se prepara para os próximos compromissos, sem deixar de cobrar maior responsabilidade e uniformidade nas decisões que envolvem a arbitragem nacional.