A partida entre Atlético-MG e São Paulo teve um momento de grande repercussão: a expulsão de Jonathan Calleri. O atacante argentino recebeu cartão vermelho após um lance com Junior Alonso, e a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) divulgou o áudio do VAR explicando a decisão.
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O lance ocorreu após Calleri acertar o rosto do adversário com o braço. Inicialmente, o árbitro Ramon Abatti Abel aplicou apenas o cartão amarelo, mas foi convencido pelo VAR a rever a jogada e mudar a punição para vermelho.
VAR justifica a expulsão
Durante a comunicação com o árbitro de campo, Wagner Reway, responsável pelo VAR, argumentou que a infração, apesar de ter sido de baixa intensidade, atingiu uma área sensível do rosto de Junior Alonso.
“Tem pouco movimento, mas ele atinge, com o cotovelo, uma parte sensível. Ele faz um movimento que é pequeno, de pouca intensidade, mas atinge numa parte sensível.”, disse Wagner.
Ouça o aúdio, na íntegra, a seguir:
A CBF divulgou a comunicação do VAR no lance da expulsão do Calleri, no jogo entre Atlético-MG x São Paulo.
— Oguma (@renanoguma) April 7, 2025
“Tem pouco movimento, mas ele atinge com o cotovelo uma parte muito sensível”, disse o árbitro de vídeo. pic.twitter.com/7NUvBXlkvG
Com isso, Calleri, que havia entrado em campo apenas 13 minutos antes, acabou expulso, deixando o São Paulo com um jogador a menos.
Especialista discorda da decisão
Enquanto o VAR considerou a jogada suficiente para a expulsão, Paulo César de Oliveira, comentarista de arbitragem da Globo, discordou da decisão. Para ele, a falta cometida por Calleri não teve intenção e, portanto, o cartão amarelo deveria ter sido mantido.
“Foi uma jogada sem intenção. A arbitragem poderia ter mantido a advertência simples.”, declarou.
Arbitragem segue em debate
Dessa maneira, a divulgação do áudio do VAR reforça o debate sobre a rigidez nas decisões da arbitragem no futebol brasileiro. Isso porque casos como esse demonstram que, muitas vezes, há diferentes interpretações para um mesmo lance.
Vale destacar que o São Paulo pode recorrer para tentar anular a punição de Calleri. Cabe ressaltar, no entanto, que o histórico de revisões desse tipo na CBF mostra que as chances de reversão são baixas.