A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) decidiu afastar, por tempo indeterminado, os árbitros de campo e os responsáveis pelo VAR nas partidas entre Internacional e Cruzeiro, além de Sport contra Palmeiras. A medida foi oficializada na segunda-feira (07 de abril), após recomendação do Comitê Consultivo de Especialistas Internacionais, que apontou erros nas decisões tomadas nos confrontos da segunda rodada do Brasileirão.
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No duelo entre Internacional e Cruzeiro, o principal motivo de contestação foi a expulsão direta de Jonathan Jesus aos 20 minutos do primeiro tempo. O árbitro Marcelo de Lima Henrique, do Ceará, aplicou o cartão vermelho após dividida com Wesley, do Colorado. O VAR confirmou a decisão sem solicitar revisão. Posteriormente, o Inter abriu o placar e venceu por 3 a 0. O dono da SAF do Cruzeiro, Pedro Lourenço, afirmou: “Queremos tratamento igual”.
Enquanto isso, na Ilha do Retiro, o Sport se mostrou indignado com a penalidade marcada nos minutos finais da partida contra o Palmeiras. O juiz Bruno Arleu de Araújo entendeu que houve toque de Matheus Alexandre em Raphael Veiga, e marcou pênalti convertido por Piquerez, decretando a vitória do Verdão por 2 a 1. O VAR, comandado por Rodrigo Nunes de Sá, validou a marcação de campo. “Está na hora de importar árbitros”, criticou Guilherme Falcão, vice-presidente do clube pernambucano.
Segundo Rodrigo Cintra, coordenador da comissão de arbitragem da CBF, o afastamento “não é uma punição vazia, mas uma forma de instrução”. Ele reforçou que a intenção é alinhar os árbitros de campo e do VAR para evitar novos equívocos.
A partir do dia 15, árbitros e assistentes da Série A participarão de treinamentos no Rio de Janeiro. As atividades ocorrerão no CAER e no Centro de Excelência da Arbitragem Brasileira, com apoio de jogadores das categorias de base cariocas para simulações práticas.
A iniciativa integra o projeto de profissionalização da arbitragem, apresentado em fevereiro pelo presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues.
