A recente diretriz da CBF que determina cartão amarelo e marcação de falta para jogadores que subirem na bola com o intuito de provocar adversários gerou reações intensas no meio do futebol. Um dos que se posicionou sobre o tema foi Felipe Melo, ex-volante com passagens por Palmeiras e Fluminense, que atualmente atua como comentarista esportivo. Conforme sua análise, a medida torna o futebol excessivamente rígido.
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Durante o programa “Fechamento SporTV”, Felipe Melo fez questão de se posicionar contra a nova orientação. Para ele, atitudes provocativas fazem parte da essência do esporte. “Sempre gostei desse tipo de atleta no meu time, folgado, porque ele tira o cara do sério, como o Memphis fez. Colocou o jogo no bolso naquele momento”, afirmou o ex-jogador.
Embora tenha declarado ser contrário à penalização, Melo também reconheceu que, caso ainda estivesse em campo, não reagiria de forma pacífica diante de uma provocação. “Confesso que se estou perdendo um jogo e o camarada faz isso na minha frente, fatalmente o jogaria para fora do campo”, comentou, deixando clara sua intolerância a gestos considerados desrespeitosos.
A Confederação Brasileira de Futebol justificou a decisão apontando que esse tipo de atitude provoca desequilíbrio emocional entre os atletas, podendo culminar em confusões e confrontos coletivos. Além disso, destacou o risco de lesões para o próprio jogador que realiza a provocação. A nova diretriz está alinhada com recomendações emitidas pela Conmebol às comissões de arbitragem sul-americanas.
Aliás, a polêmica não se restringiu apenas a Felipe Melo. O atacante Memphis também se posicionou de forma crítica à medida. Após a vitória de sua equipe sobre o Vasco, ele questionou a essência da punição: “Do que estamos falando? De futebol, não? Eu acho que se continuar assim, quem manda no futebol no Brasil vai fazer a coisa errada”. O jogador utilizou suas redes sociais para reforçar o posicionamento.
Casos semelhantes já haviam ocorrido antes mesmo da formalização da regra. Em 2023, o atacante Soteldo, então no Santos, subiu na bola durante partida contra o Vasco e gerou forte reação dos adversários. Na ocasião, a arbitragem não puniu a ação, mas enfrentou dificuldades para controlar os ânimos até o fim do jogo. Atualmente, a conduta passa a ser punida, inclusive nas categorias de base, como demonstrado no Sul-Americano Sub-17.
