Diretoria do Real Madrid estabelece limite para demitir Carlo Ancelotti

Carlo Ancelotti, técnico do Real Madrid (Foto: Reuters)

O técnico Carlo Ancelotti vive um período de instabilidade no Real Madrid. Após recentes resultados negativos, a permanência do italiano à frente da equipe merengue passou a ser debatida nos bastidores do clube, sobretudo por dirigentes insatisfeitos com o desempenho coletivo nas últimas partidas.

Conforme apurado por veículos da imprensa espanhola, o revés diante do Valencia, pela La Liga, foi o estopim para que a cúpula madridista intensificasse o monitoramento do trabalho do treinador. A derrota somou-se a uma sequência de atuações defensivamente frágeis — nos três confrontos mais recentes, contra Leganés, Real Sociedad e Valencia, o time sofreu oito gols. Esse retrospecto acendeu o alerta entre os dirigentes, que agora condicionam a continuidade de Ancelotti a bons resultados em compromissos de peso.

Aliás, os compromissos decisivos já têm data marcada. O Real Madrid enfrentará o Arsenal pelas quartas de final da Champions League, com o jogo de ida agendado para esta terça-feira (08), às 16h (de Brasília), no Emirates Stadium. A volta ocorrerá no Santiago Bernabéu. Além disso, o clube terá pela frente a final da Copa do Rei contra o Barcelona, outro desafio que poderá influenciar diretamente no futuro do treinador.

“O que pode mudar a dinâmica é se a pessoa mais importante deste clube se cansa”, declarou Ancelotti, em referência ao presidente Florentino Pérez, deixando claro que, até o momento, conta com o respaldo da diretoria. Apesar da pressão externa, o técnico minimizou as críticas e reforçou o foco na preparação da equipe. “Não podemos pensar em críticas quando temos um jogo a cada três dias. Analisamos os erros e agora é hora de nos preparar bem para este jogo”, completou.

Incômodo nos bastidores

Ainda assim, os questionamentos sobre o seu trabalho não se limitam aos resultados. Internamente, há incômodo com decisões táticas do treinador, como o uso recorrente de escalações improvisadas e a baixa utilização de jogadores formados nas categorias de base. A pouca presença de Endrick entre os relacionados também é vista com ressalvas.

Na mira da CBF

Enquanto isso, Ancelotti segue sendo especulado para assumir a Seleção Brasileira, caso Dorival Júnior deixe o cargo. Apesar disso, o técnico reafirmou seu compromisso com o clube e afastou qualquer possibilidade de saída por iniciativa própria. Seu contrato com o Real Madrid é válido até junho de 2026.

A pressão, portanto, se intensifica às vésperas de um confronto crucial pela competição continental. Conforme as expectativas internas, a performance frente ao Arsenal e na decisão contra o Barcelona serão determinantes. Conforme apontado por um jornal espanhol, “esta eliminatória de Champions e a final da Copa do Rei vão determinar seu futuro no Real Madrid”.