Um dirigente do Sousa Esporte Clube foi baleado durante uma tentativa de assalto na tarde de segunda-feira (07), no município de Sousa, interior da Paraíba. O episódio ocorreu quando o profissional se dirigia a uma agência bancária com o intuito de efetuar o pagamento dos salários dos atletas do clube.
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O dirigente, identificado como Laylson Kleber de Lima, foi abordado por dois homens armados nas proximidades do estádio Marizão. Conforme relatos de testemunhas, ele teria reagido à investida criminosa e, nesse momento, foi atingido por disparos. A ação foi rápida e gerou pânico em pessoas que estavam próximas ao local, inclusive torcedores que acompanhavam os preparativos do clube para compromissos futuros.
“Eu estava saindo para pagar os jogadores e fui surpreendido. Ainda tentei correr, mas eles atiraram”, relatou Laylson, que recebeu atendimento médico de urgência e, segundo informações do clube, está fora de perigo. Apesar dos ferimentos, seu estado de saúde é estável.
Aliás, essa não é a primeira vez que dirigentes de clubes do interior passam por situações semelhantes. Em janeiro de 2023, um caso similar ocorreu em Minas Gerais. Na ocasião, o presidente do Democrata, adversário do Cruzeiro naquela edição do Campeonato Mineiro, também foi vítima de tentativa de assalto nas imediações do estádio Mamudão, em Governador Valadares.
O dirigente mineiro, identificado como Reinaldo, foi surpreendido por dois criminosos armados quando saía do estádio. Assim como no caso de Aldeone, ele também tentou resistir à abordagem. “Eles mandaram entregar tudo, mas eu reagi. Quando perceberam que eu não ia ceder, atiraram”, contou o presidente, que foi atingido nas costas e encaminhado ao hospital da cidade.
Ambos os episódios chamam atenção para a vulnerabilidade à qual dirigentes de clubes menores estão expostos, principalmente quando se veem obrigados a lidar com recursos em espécie, prática ainda comum em algumas regiões. Apesar disso, os clubes ressaltam que vêm buscando alternativas para aumentar a segurança em operações financeiras.
As autoridades locais investigam os dois casos. Até o momento, os suspeitos não foram identificados. A Polícia Civil trabalha com a hipótese de que os crimes foram premeditados, considerando que as rotinas dos dirigentes podem ter sido monitoradas anteriormente.