O Flamengo divulgou, no início da tarde desta terça-feira (08), uma nota oficial para esclarecer informações sobre o uso do Maracanã por parte do Vasco após a confirmação de que o clássico entre as equipes será disputado no estádio no sábado (19), às 18h30, pela quinta rodada do Campeonato Brasileiro.
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De forma categórica, o Flamengo afirmou que “não há qualquer fundamento na informação de que o Vasco possa integrar o consórcio que administra o Maracanã”. Conforme o comunicado, o clube rubro-negro e o Fluminense seguem como únicos sócios da Sociedade de Propósito Específico (SPE) responsável pela gestão do estádio.
Ainda segundo o texto, Flamengo e Fluminense firmaram um acordo pontual com o Vasco, permitindo ao clube de São Januário utilizar o Maracanã para até quatro partidas nos anos de 2025 e 2026. No entanto, essa liberação está condicionada à disponibilidade e condições adequadas para a realização dos jogos, o que, segundo o Flamengo, não altera em nada a composição societária do consórcio gestor do estádio.
Declarações do Vasco e detalhes do acordo
Por outro lado, em entrevista concedida à CNN Brasil, Carlos Amoedo, CEO do Vasco, afirmou que foi firmado um acordo mais amplo com Flamengo e Fluminense, garantindo ao clube cruz-maltino a possibilidade de mandar todas as suas partidas com exceção das válidas pelo Campeonato Carioca, durante os anos de 2025 e 2026, no Maracanã, com divisão de público em 50% para cada torcida nos clássicos.
Amoedo ainda destacou que, nas partidas em que o Vasco for mandante, o clube terá condições comerciais e operacionais similares às oferecidas a Flamengo e Fluminense, como nos quesitos de locação, exploração de estacionamento e camarotes. Segundo ele, também haverá possibilidade de ambientação do vestiário, personalização da zona mista, bandeirinhas de escanteio e iluminação. “Mostra o reconhecimento da importância que o Vasco tem”, declarou o dirigente vascaíno.
Contexto da decisão e bastidores jurídicos
A definição do local do clássico ocorreu após uma sequência de impasses. Inicialmente, o presidente do Vasco, Pedrinho, demonstrava desejo de disputar o jogo em São Januário. Contudo, o Batalhão Especializado de Policiamento em Estádios (Bepe) havia vetado a realização da partida no estádio vascaíno.
Apesar de uma liminar da Justiça do Rio de Janeiro, concedida na segunda-feira (07), que liberava São Januário para receber o clássico, nos bastidores havia o temor de que a decisão judicial fosse revogada por recurso do Governo do Estado, o que levou à desistência da diretoria vascaína em insistir no uso do local.
Conclusão
A nota oficial divulgada pelo Flamengo nesta terça-feira (08) visa principalmente reafirmar o controle da gestão do Maracanã por parte da atual SPE formada com o Fluminense, além de negar qualquer possibilidade de mudança na composição societária. Ao mesmo tempo, revela a existência de uma cooperação pontual com o Vasco para o uso do estádio em ocasiões específicas.
Portanto, embora o Vasco tenha obtido a autorização para realizar alguns jogos no Maracanã, conforme acordo formalizado, a administração do estádio segue sob responsabilidade exclusiva de Flamengo e Fluminense.
