O dono da SAF do Cruzeiro, Pedro Lourenço, conhecido como Pedrinho, fez declarações contundentes sobre os bastidores financeiros do futebol brasileiro. Em entrevista recente ao jornal O Tempo, o empresário criticou duramente os altos salários dos jogadores e, sobretudo, a atuação dos empresários que atuam como intermediários no esporte.
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“A verdade é que o futebol, como negócio, é péssimo”, afirmou. “Não sei se em cinco anos será um bom negócio, mas, hoje, é um péssimo negócio. Eu não estou acostumado com os salários que ganham os jogadores”, completou. As falas do mandatário cruzeirense refletem o descontentamento com a atual estrutura de custos que envolve a gestão de um clube profissional.

Pedrinho também destacou o que considera um dos principais problemas do setor: as comissões pagas a empresários. Segundo ele, há casos em que agentes exigem 10% dos vencimentos mensais dos atletas. “Salário de 2 milhões, ele leva 200 mil todos os meses. E quem paga sou eu”, declarou, com tom de indignação.
Além das comissões fixas, ele citou outras dificuldades que agravam a gestão orçamentária, como a variação cambial. “Tem comissão, diferença de câmbio… É um tempo de muito aprendizado para pegar a rédea das despesas. O futebol é desproporcional”, afirmou o dirigente, sinalizando os desafios que enfrenta à frente do clube mineiro.
As falas do dono da SAF do Cruzeiro geraram repercussão entre torcedores e analistas esportivos. Afinal, as críticas tocam em um ponto sensível da estrutura do futebol nacional: a presença e influência de intermediários nas negociações e na manutenção dos elencos.
Enquanto o Cruzeiro segue sua trajetória na temporada, as declarações de Pedrinho acendem um alerta sobre a sustentabilidade financeira no esporte. Eventualmente, debates como esse podem impulsionar reflexões mais amplas sobre os rumos da gestão esportiva no país.