Em apenas três meses à frente do Grêmio, Gustavo Quinteros já enfrenta um cenário de pressão. A derrota por 2 a 0 para o Ceará, no sábado (05 de abril), aumentou o descontentamento entre os torcedores, que têm manifestado críticas principalmente nas redes sociais. Apesar disso, o técnico minimizou a situação. “A torcida quer ganhar, nós também. Temos de seguir o trabalho, melhorar a eficácia e criar mais situações”, declarou.
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A eliminação no Campeonato Gaúcho após perder o título para o Inter foi um dos primeiros gatilhos para o clima atual. O clássico Gre-Nal disputado na Arena teve domínio colorado, o que causou forte repercussão negativa entre os torcedores. Aliás, a perda da hegemonia estadual, mantida por sete anos, pesou diretamente no início turbulento do trabalho do treinador.
Mesmo com resultados mistos — como as vitórias sobre o Sportivo Luqueño e o Atlético-MG, além da classificação nos pênaltis contra o Athletic-MG —, o desempenho da equipe tem sido considerado aquém pelas expectativas. O próprio Quinteros reconheceu que o time ainda não atingiu o seu melhor nível, embora veja evolução ofensiva.
As escolhas do treinador também são alvo de críticas. Jogadores como Jemerson e Pavon têm sido constantemente questionados, sobretudo pela insistência do técnico em mantê-los como titulares. Pavon, inclusive, já foi vaiado na Arena em mais de uma ocasião, gerando repercussão entre os torcedores.
O presidente Alberto Guerra defendeu o treinador e ressaltou que o momento é de reformulação. “Criamos situações, mas não convertemos. Isso pode ocorrer em um time em reformulação”, afirmou. Segundo ele, o trabalho da comissão técnica segue sendo avaliado constantemente pela diretoria e pelos próprios jogadores.
O Grêmio volta a campo nesta terça-feira (08 de abril), diante do Atlético Grau, pela Sul-Americana. No domingo (13 de abril), o confronto será contra o Flamengo. O calendário apertado e o tempo reduzido para treinamentos seguem como desafios no processo de adaptação do treinador.