A recente discussão entre o jornalista Paulo Vinícius Coelho (PVC) e o presidente do Sport, Yuri Romão, ganhou novos contornos após críticas contundentes feitas por Mauro Cezar Pereira. O comunicador desaprovou, em transmissão ao vivo na última terça-feira (08), a abordagem de seu companheiro de profissão no embate com o mandatário quanto à reeleição de Ednaldo Rodrigues à presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF).
Notícias mais lidas:
O embate inicial aconteceu durante o programa “De Primeira”, do UOL, na segunda-feira (07), ocasião em que PVC relacionou a reclamação do Sport sobre a arbitragem à decisão do clube em apoiar a recondução de Ednaldo ao cargo máximo da entidade. A discussão ganhou intensidade a partir de uma pergunta sobre a responsabilidade dos clubes nas escolhas políticas feitas na CBF, questionamento que não agradou ao dirigente do clube pernambucano.
“Eu acho que a gente não pode, PVC, é trazer um ativismo político”, afirmou Yuri Romão. O jornalista, por sua vez, rechaçou a insinuação: “Não tem ativismo aqui, tem uma pergunta…”. A troca de falas seguiu com elevação do tom. O jornalista insistiu que os clubes sabiam das práticas administrativas da CBF no momento da votação, enquanto o presidente do Sport declarou que nenhum dirigente conhece, de fato, o que se passa dentro das federações. “Então o pecado é a ignorância! Eu vou votar e eu não sei em quem eu vou votar?”, rebateu o jornalista.
A discussão se deu num momento sensível para o Sport, que se sentiu prejudicado na derrota por 2 a 1 para o Palmeiras, em jogo realizado na Ilha do Retiro. A arbitragem da partida foi amplamente criticada por marcar um pênalti inexistente a favor da equipe paulista já nos acréscimos. A situação provocou indignação da diretoria e levou à decisão da CBF de afastar a equipe de arbitragem, além do reconhecimento oficial do erro por parte da Comissão de Arbitragem.
Cobranças ao Sport
Com base nesse contexto, Mauro Cezar Pereira utilizou sua live para criticar a postura de PVC, classificando como “sem sentido” o direcionamento das cobranças ao clube nordestino. Para o comunicador, a responsabilidade por mudanças mais profundas no comando da CBF deveria ser atribuída a instituições com mais peso político e financeiro no cenário nacional.
“Cobrar isso do Sport? Pelo amor de Deus! Vamos cobrar do Flamengo, do Palmeiras, que são os dois ‘ricões’ da parada. Aí é o Sport que tem que fazer isso?”, disparou o jornalista. Ele argumentou que, embora os clubes tenham votado pela aclamação de Ednaldo Rodrigues, isso não implica em aceitar, passivamente, falhas ou decisões equivocadas da entidade.
Aliás, Mauro fez questão de pontuar que os clubes têm direito de criticar mesmo após elegerem o presidente da CBF. “Quando um clube vota no Ednaldo, que é eleito por aclamação, não faz sentido dizer que não pode reclamar”, concluiu.